Bolsa do Japão se recupera e registra maior alta diária em 15 anos

Após uma queda acentuada no pregão anterior, o índice Nikkei subiu 10,23%, fechando em 34.675,46 pontos.

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Publicado em 06/08/2024 às 08:01h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 06/08/2024 às 08:01h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
Imagem: Shutterstock.
Imagem: Shutterstock.

📊 A bolsa de valores japonesa experimentou uma impressionante recuperação nesta terça-feira (06), alcançando a maior alta diária desde a crise financeira de 2008.

Após uma queda acentuada no pregão anterior, o índice Nikkei subiu 10,23%, fechando em 34.675,46 pontos, impulsionado pela busca de investidores por ações a preços atrativos e pela recuperação do iene frente ao dólar.

Principais Destaques do Mercado Asiático

  • Japão: O índice Nikkei subiu 10,23%, fechando a 34.675,46 pontos. Ações de empresas de eletrônicos e da indústria pesada, como Tokyo Electron e Hitachi, dispararam quase 17%.
  • Coreia do Sul: O índice Kospi avançou 3,30%, encerrando em 2.552,15 pontos.
  • Taiwan: O Taiex registrou alta de 3,38%, fechando a 20.501,02 pontos.
  • China Continental: O Xangai Composto teve um ganho mais modesto de 0,23%, a 2.867,28 pontos, enquanto o Shenzhen Composto subiu 1,18%, a 1.567,03 pontos.
  • Hong Kong: O Hang Seng foi na contramão, caindo 0,31%, para 16.647,34 pontos.

Impactos Globais e Perspectivas Econômicas

Os mercados asiáticos, juntamente com outras partes do mundo, estavam sob pressão devido a dados econômicos fracos dos EUA, que aumentaram os temores de uma possível recessão.

O relatório de emprego dos EUA divulgado na sexta-feira passada apresentou números abaixo do esperado, alarmando os investidores.

No entanto, um indicador positivo do setor de serviços norte-americano ajudou a amenizar essas preocupações na segunda-feira.

Oceania e Austrália

Na Oceania, a bolsa australiana também apresentou um desempenho positivo. O índice S&P/ASX 200 avançou 0,41% em Sydney, fechando a 7.680,60 pontos, após o banco central australiano manter sua taxa de juros inalterada em 4,35%.

📈 Apesar dos temores iniciais de uma recessão nos EUA, especialistas sugerem que a economia norte-americana ainda demonstra resiliência.

Francisco Nobre, economista da XP, afirmou que a reação do mercado foi exagerada e que os dados do mercado de trabalho, embora fracos, não indicam uma contração econômica iminente.

“A economia dos EUA ainda não está em crise”, disse Callie Cox, da Ritholtz Wealth Management. “Mas estamos em uma zona de perigo, e o Federal Reserve precisa estar atento às fissuras no mercado de trabalho.”

A recuperação surpreendente do mercado japonês e a estabilidade em outras partes da Ásia indicam uma possível retomada da confiança dos investidores, mesmo diante das preocupações econômicas globais.

A atenção agora se volta para os próximos movimentos do Federal Reserve e os dados econômicos futuros, que serão cruciais para definir o rumo dos mercados nos próximos meses.