BB (BBAS3) diz que está se “adaptando” e apresenta plano para virar o jogo; entenda
Entre os dados revelados, o Banco do Brasil informou ter R$ 12 bilhões em empréstimos renegociados, dentro do escopo da MP 1.314.
🚨 Em conversa recente com analistas do JPMorgan, a presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Tarciana Medeiros, e a diretora de Relações com Investidores, Janaina Storti, compartilharam a visão da instituição sobre o momento atual do setor agropecuário e os planos para o crescimento do crédito de varejo.
As mudanças estratégicas são vistas como resposta direta a um novo cenário de mercado.
Agronegócio sob nova abordagem
O setor agropecuário foi o centro da conversa. De acordo com a administração do banco, os créditos não produtivos com mais de 90 dias devem atingir seu pico no quarto trimestre de 2025, com sinais de estabilização a partir de então e uma tendência de melhora em 2026.
Entre os dados revelados, o Banco do Brasil informou ter R$ 12 bilhões em empréstimos renegociados, dentro do escopo da MP 1.314, que permite a utilização de recursos do Tesouro Nacional para a liquidação ou amortização de dívidas rurais.
Esses ativos serão reclassificados como produtivos, ainda que as provisões para perdas com crédito permaneçam nos balanços inicialmente.
O banco também está reformulando a forma de se relacionar com o produtor rural, adotando uma postura mais próxima e consultiva, oferecendo serviços de assessoria e suporte em todo o ciclo produtivo, do pré-plantio à pós-colheita.
Segundo avaliação do JPMorgan, eventos climáticos, mudanças regulatórias e margens mais apertadas impactaram o desempenho recente do setor.
Ainda assim, o BB planeja manter sua liderança no agronegócio, mas com maior seletividade nas concessões, com base em uma nova matriz de risco.
Outro ajuste envolve o modelo de provisão, agora baseado em perdas esperadas e não mais apenas nas perdas incorridas, o que exige monitoramento mais rigoroso e ajustes nas garantias exigidas.
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Crédito à pessoa física e meta para 2026
O banco também apresentou seus planos para os empréstimos consignados (crédito com desconto em folha). Entre os principais pontos:
- A inadimplência segue em níveis considerados saudáveis, especialmente nos contratos ligados ao setor público;
- O BB busca consolidar uma participação de mercado próxima a 20% nesse segmento;
- O crédito consignado deve se tornar motor de crescimento da carteira de varejo em 2026.
A instituição destaca que 2025 será um ano de ajustes, com foco na revisão de processos de crédito, de olho em uma retomada mais robusta a partir de 2026.
A equipe de gestão do banco observou que mais de 70% dos clientes inadimplentes nunca haviam entrado em default anteriormente, o que sugere que a deterioração observada é concentrada em culturas específicas e regiões pontuais, e não representa um problema estrutural.
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Vale a pena investir em Banco do Brasil?
Mesmo com os desafios, a expectativa da instituição é de que o agronegócio siga como setor em expansão nos próximos anos, já que tem crescido acima do PIB brasileiro.
📊 Apesar da apresentação das estratégias e mudanças, o JPMorgan manteve sua recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil.
BBAS3
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