Banco Central: Servidores anunciam greve e entrega de cargos
Funcionários públicos param nos dias 20 e 21 de fevereiro, por não concordarem com a proposta de reajuste salarial do governo

Servidores do BC (Banco Central) decidiram fazer uma greve de 48 horas nos próximos dias 20 e 21 de fevereiro. A paralisação foi aprovada em assembleia realizada nesta sexta-feira (9), diante da falta de acordo sobre o reajuste salarial da categoria.
🏦 De acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), 97% dos servidores que participaram da assembleia votaram contra a proposta de reajuste salarial do governo. Com isso, mais de 75% dos presentes também aprovaram um "indicativo de greve escalonada, que terá início com uma paralisação de 48 horas nos próximos dias 20 e 21 de fevereiro".
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Ainda segundo o sindicato, cerca de 1,4 mil dos 2,87 mil funcionários públicos do Banco Central participaram da assembleia desta sexta-feira (9). Na ocasião, a categoria ainda decidiu entregar cargos comissionados, como as posições de gerência e diretorias.
Na avaliação do presidente do Sinal, Fábio Faiad, a entrega de cargos comissionados "resultará no esvaziamento do comando do BC". "Essa medida visa provocar uma asfixia operacional e burocrática no órgão, como forma de pressionar o governo a atender às demandas da categoria", afirmou.
Negociação salarial
💲 A proposta do governo prevê um reajuste salarial de 13%, parcelado entre 2025 e 2026, para os servidores do Banco Central. O índice foi apresentado pelo MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) em reunião com as entidades que representam os funcionários públicos do BC na quinta-feira (8). Contudo, não agradou a categoria.
Servidores reclamam da falta de reajuste em 2024 e dizem que a proposta também não atende outras reivindicações da categoria, como a exigência de nível superior para o cargo de Técnico do BC, a mudança do nome do cargo de Analista para Auditor e a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional.
Impactos da greve
Os funcionários públicos do Banco Central estão em operação padrão há cerca de sete meses, como uma forma de pressionar o governo a reajustar salários e valorizar suas carreiras. O movimento tem provocado atrasos na divulgação de indicadores econômicos e também de relatórios do BC.
O Boletim Focus, por exemplo, foi divulgado com atraso nas últimas duas semanas. O relatório, que traz as previsões do mercado para os principais indicadores econômicos do país, normalmente sai nas segundas-feiras pela manhã, mas foi publicado nas últimas duas terças-feiras.
O Banco Central ressaltou, por sua vez, que "o movimento não tem afetado o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, Pix, Selic, entre outros".
Em nota publicada após a aprovação da greve, o BC disse ainda que "reconhece o mérito das reivindicações e o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas" e "confia na histórica dedicação, qualidade e responsabilidade dos servidores e de seu compromisso com a Instituição e com a sociedade".

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