Banco Central deve barrar compra do Banco Master pelo BRB, diz jornal
Segundo o Jornal O Globo, o Banco Central tende a barrar a negociação devido a preocupações com a situação financeira do Master.

🚨 A tentativa do BRB (BSLI4) de adquirir o Banco Master, em uma transação avaliada em R$ 2 bilhões, enfrenta fortes obstáculos regulatórios.
Conforme apontado pelo Jornal O Globo, fontes ligadas ao processo afirmam que o Banco Central tende a barrar a negociação devido a preocupações com a situação financeira do Master.
O BRB anunciou, na última sexta-feira (28), a compra de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Banco Master, totalizando 60% do capital social.
Caso o acordo seja aprovado, o BRB assumiria o controle majoritário da instituição, expandindo sua atuação para novos segmentos, como mercado de capitais e câmbio.
O Banco Central, entretanto, ainda aguarda o pedido formal para dar início à análise da operação.
Segundo informações do jornal, o cenário atual do Banco Master é considerado preocupante por executivos e autoridades do setor financeiro, especialmente devido às dificuldades enfrentadas na captação de recursos.
De acordo com investidores do setor, os ativos do Banco Master são vistos como "problemáticos", fator que dificulta o interesse de outras instituições privadas em realizar aquisições.
Estratégia nacional do BRB
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirma que a aquisição do Banco Master faz parte de uma estratégia de nacionalização do BRB.
Atualmente, o banco ocupa a 23ª posição entre os maiores bancos do Brasil, mas, com a conclusão da compra, poderia saltar para a 17ª posição no ranking, ampliando sua presença em diversos mercados estratégicos.
Além disso, a compra inclui duas operações importantes do Banco Master: o Will Bank e o Credcesta.
O BRB pretende implementar um modelo de "compartilhamento de governança, expertise, sinergias e coordenação estratégica e operacional".
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Patrimônio e expectativas
A transação, antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do Jornal O Globo, está sendo vista como uma das maiores aquisições do setor bancário brasileiro nos últimos anos.
O valor de R$ 2 bilhões representa aproximadamente 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master, considerando ajustes por "baixas de ativos ou reconhecimentos de apontamentos no balanço do Banco Master", conforme apontado pelo BRB.
Caso o negócio seja efetivado, o BRB atingirá um patamar significativo em termos de ativos e captações: 15 milhões de clientes, R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações.
Banco Central pode barrar transação?
❓ Apesar da aprovação unânime do conselho de administração do BRB, a transação ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central.
Conforme revelado por Lauro Jardim, do Jornal O Globo, o processo de negociação entre BRB e Banco Master começou em meados do ano passado, sendo que, até poucas semanas atrás, o BTG Pactual (BPAC11) também manifestava interesse pela compra.
Histórico do Banco Master
O Banco Master surgiu nos anos 1970 como Máxima Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
Aproximadamente duas décadas depois, transformou-se no Banco Máxima, atuando majoritariamente no setor imobiliário.
Com a chegada do empresário Daniel Vorcaro em 2018, o banco passou por uma reestruturação e adotou o nome de Banco Master, diversificando sua atuação para áreas como crédito pessoal, câmbio, private equity e investimentos imobiliários.
Além disso, o banco adquiriu participação majoritária no banco digital Will Bank e realizou investimentos no setor de saúde, como a compra de ações da Oncoclínicas (ONCO3), uma operação cercada de polêmicas.
Com o Banco Central ainda por avaliar formalmente o negócio, o futuro da aquisição permanece incerto.
📊 Caso o negócio não seja aprovado, o BRB poderá enfrentar desafios significativos em sua estratégia de nacionalização e crescimento.

BSLI4
BRBR$ 13,00
20,74 %
2,50 %
0.63%
26,22
1,65

O que já se sabe sobre a compra do Banco Master pelo BRB; veja os detalhes
Avaliada em R$ 2 bilhões, a transação despertou curiosidade e gerou questionamentos sobre os desdobramentos da operação.

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