Ato pró-Bolsonaro reúne apoiadores com críticas ao STF e pedido de anistia

Mesmo sem comparecer pessoalmente, Bolsonaro participou por telefone de um dos protestos, no Rio de Janeiro.

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Publicado em 03/08/2025 às 18:58h - Atualizado 8 horas atrás Publicado em 03/08/2025 às 18:58h Atualizado 8 horas atrás por Matheus Silva
Os atos também pediram anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 (Imagem: Shutterstock)
Os atos também pediram anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 (Imagem: Shutterstock)

🚨 Neste domingo (03), manifestantes se reuniram em diferentes regiões do Brasil em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), protestando contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os atos também pediram anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos, em Brasília.

Mesmo sem comparecer pessoalmente, Bolsonaro participou por telefone de um dos protestos, no Rio de Janeiro, durante ato realizado na praia de Copacabana. A chamada foi intermediada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

“O ex-presidente está usando tornozeleira eletrônica e, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, não pode sair de casa nos fins de semana e feriados”, lembrou Flávio à imprensa. Em sua fala, o senador afirmou:

“É lógico que ele queria estar aqui… Mas eu falei o seguinte: calaram a voz da maior língua da política brasileira, mas reacenderam a chama da esperança e ligaram a voz de milhões de brasileiros em todo o Brasil que estão se manifestando hoje”.

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Investigações e repercussão internacional

A imposição das medidas cautelares contra Bolsonaro ocorreu após suspeitas de que ele e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tenham buscado apoio de autoridades norte-americanas para influenciar ações do STF.

Eduardo Bolsonaro licenciou-se do mandato e viajou aos Estados Unidos, onde passou a defender, junto a parlamentares e lideranças conservadoras, sanções contra autoridades brasileiras, como Moraes, com base na Lei Magnitsky, uma legislação dos EUA voltada a violações de direitos humanos.

Durante os protestos, muitos participantes vestiam a camisa da seleção brasileira e carregavam bandeiras dos Estados Unidos, além de cartazes com menções ao ex-presidente norte-americano Donald Trump. A expressão “Magnitsky” foi repetida em vários momentos pelos manifestantes.

Na Avenida Paulista, em São Paulo, o ato reuniu apoiadores com faixas contra o STF e pedidos explícitos de anistia aos réus dos eventos de 8 de janeiro.

Em outras capitais, o tom dos protestos foi semelhante, com críticas às decisões judiciais e ao governo federal.

📆 Alexandre de Moraes é relator do processo em que Jair Bolsonaro é acusado de tramar um golpe de Estado após perder as eleições presidenciais de 2022. O caso segue em tramitação no STF.