2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.
O Copom (Comitê de Política Monetária) acredita que manter os juros altos por um "período bastante prolongado" é a estratégia adequada para assegurar o retorno da inflação à meta.
🏦 O recado consta na ata da última reunião do Copom, que foi divulgada nesta terça-feira (16) e sugere que o ciclo de cortes da Selic pode não começar em janeiro de 2026, como espera parte do mercado.
O Copom manteve a taxa Selic em 15% ao ano na última quarta-feira (10) e reforçou que "a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta" na ata da reunião.
"O Comitê avalia que a condução cautelosa da política monetária tem contribuído para se observar ganhos desinflacionários e, mais uma vez, reafirma o firme compromisso com o mandato do Banco Central de levar a inflação à meta", diz a ata.
💲 A meta de inflação é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. E o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, já disse que busca o centro e não o teto da meta.
No entanto, as expectativas de inflação ainda estão acima dos 3% no horizonte relevante, o que, na avaliação do Copom, provoca um custo maior de desinflação sobre o nível de atividade ao longo do tempo.
O BC projeta uma alta de 3,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2026 e de 3,2% no segundo trimestre de 2027. O mercado é menos otimista e vê a inflação subindo 4,10% em 2026 e 3,80% em 2027, segundo o Boletim Focus.
O Copom avaliou, então, que "uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado" é necessária em um ambiente de expectativas desancoradas como o atual.
Ou seja, a ideia é manter "perseverança, firmeza e serenidade na condução da política monetária".
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📉 O Copom reconheceu, por sua vez, que a inflação e as expectativas de inflação já estão em uma trajetória de queda.
Para o comitê, o enfraquecimento do dólar e o comportamento mais benigno das commodities, como o petróleo, contribuiu para a redução nas inflações de bens industrializados e alimentos.
A inflação de serviços também apresentou algum arrefecimento, mas ainda se mostra "resiliente" para o Copom. Afinal, é favorecida pelo desaquecimento da atividade econômica, mas ainda responde a um "mercado de trabalho que segue dinâmico".
Citando a alta de apenas 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, o Copom disse que a moderação do crescimento era esperada e faz parte do processo de convergência da inflação à meta.
O comitê, no entanto, ainda avalia que o mercado de trabalho ainda é um fator de risco para a inflação, embora tenha notado pela primeira vez "sinais incipientes de desaquecimento" do emprego.
"Mantém-se, de um lado, a interpretação de uma inflação pressionada pela demanda e que requer uma política monetária contracionista por um período bastante prolongado e, de outro, a interpretação de que a política monetária tem contribuído de forma determinante para a desinflação observada", avaliou.
📅 Na avaliação do mercado, a ata do Copom reduz as chances de um corte de juros em janeiro de 2026.
Para o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, a ata indica que o Copom está em "processo de manutenção e não de corte iminente de juros", pois não traz nenhum sinal de flexibilização da política monetária.
"Trata-se de uma mensagem clara de que o Comitê necessita de mais tempo e mais informações antes de iniciar um ciclo de flexibilização monetária", reforçou a XP.
Diante disso, a RB Investimentos e a XP acreditam que a Selic será mantida em 15% ao ano mais uma vez na próxima reunião do Copom, em janeiro de 2026. A expectativa das casas é de que a taxa comece a cair em março de 2026.
A Ativa Investimentos, por sua vez, diz que o início do ciclo de corte de juros pode ficar para abril diante desse cenário. Contudo, acredita que os cortes podem ocorrer de forma mais acentuada do que o previsto a partir daí.
A Ativa e a XP veem a Selic caindo para 12% ao ano ao longo de 2026. Já a RB Investimentos vê espaço para os juros caírem até cerca de 11% no próximo ano. O consenso de mercado captado pelo Focus desta semana, por sua vez, projetava a Selic em 12,13% ao final de 2026.
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