Argentina nega “pacto de impunidade” com Bolsonaro; entenda

O porta-voz enfatizou também que a decisão sobre um eventual pedido de extradição dessas pessoas será judicial.

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Publicado em 20/06/2024 às 09:44h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 20/06/2024 às 09:44h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
A PF planeja solicitar a extradição dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro que fugiram para a Argentina(Shutterstock)
A PF planeja solicitar a extradição dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro que fugiram para a Argentina(Shutterstock)

Manuel Adorni, porta-voz da Presidência da Argentina, negou nesta quarta-feira (19), a existência de um "pacto de impunidade" com o ex-presidente Jair Bolsonaro para determinar a concessão de asilo político a investigados e condenados pelos ataques aos Três Poderes da República do Brasil em 8 de janeiro do ano passado.

🌞 Ele enfatizou também que a decisão sobre um eventual pedido de extradição dessas pessoas será judicial. “Não é uma questão política, é judicial. Portanto, nós não temos ingerência no que acontece. Se a Justiça do Brasil solicitar para a Argentina, a decisão de qual medida será tomada é da Justiça local, e a Justiça não se distancia da lei”, disse Adorni em coletiva.

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Ao ser questionado pela CNN Rádio da Argentina se existe algum "pacto de impunidade" com Bolsonaro para conceder asilo político aos fugitivos no país, Adorni negou, perguntando: "Você realmente acredita que, como governo, poderíamos efetivamente fazer um pacto de impunidade com alguém?".

🗣️ "Não fazemos pacto de impunidade com absolutamente ninguém, e nunca faremos", enfatizou e finalizou dizendo: "A Justiça tomará as medidas necessárias no momento apropriado, e as respeitaremos, assim como respeitamos todas as decisões judiciais".

Em breve, a PF (Polícia Federal) planeja solicitar a extradição dos condenados pelos ataques de 8 de janeiro que fugiram para a Argentina. Uma nova fase da megaoperação Lesa Pátria, no início do mês, revelou que pelo menos 65 indivíduos ligados à depredação em Brasília estariam no país vizinho, sendo que alguns deles teriam solicitado refúgio ao governo de Javier Milei.