Argentina: Bolsa despenca e dólar paralelo sobe com eleições

O governista Sergio Massa e o ultraliberal Javier Milei vão disputar o segundo turno

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Publicado em 23/10/2023 às 15:36h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 23/10/2023 às 15:36h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Argentina terá segundo turno em 19 de novembro (Shutterstock)
Argentina terá segundo turno em 19 de novembro (Shutterstock)

A Bolsa da Argentina opera em forte queda nesta segunda-feira (23), um dia após o primeiro turno das eleições presidenciais do país. O S&P Merval (MERV), principal índice da Bolsa de Buenos Aires, chegou a cair 10% no início da pregão.

O mercado de dólar, por outro lado, apresenta reações diversas ao resultado eleitoral. O dólar oficial opera com estabilidade, enquanto a cotação paralela, o chamado dólar blue, sobe, ultrapassando a barreira dos 1.000 pesos argentinos.

Segundo o jornal El Cronista, o dólar oficial era negociado por 349 pesos na compra e 350 pesos na venda, por volta das 14h51. Já o dólar blue subia 22% no mesmo horário. Com isso, a moeda era negociada por 1.050 pesos na compra e 1.100 pesos na venda no mercado paralelo.

Eleições

Os argentinos foram às urnas no domingo (22) para escolher o próximo presidente. O resultado surpreendeu, com o atual ministro da Economia, Sergio Massa (Unión por la Patria), saindo em primeiro com cerca de 36% dos votos. A liderança do candidato governista não havia sido considerada pela maior parte das pesquisas de intenção de turno.

Já o candidato de extrema-direita, Javier Milei (La Libertad Avanza), que quer dolarizar a economia argentina, fechando o Banco Central do país, ficou em segundo. Ele era apontado como favorito, já que venceu as eleições primárias. Porém, teve cerca de 30% dos votos no domingo (22). Por isso, vai disputar o segundo turno contra Massa no dia 19 de novembro.

Considerada a candidata mais alinhada ao mercado, a liberal Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio) obteve 23% dos votos apurados até então e ficou em terceiro lugar no pleito. Por isso, a grande dúvida do momento é a direção que esses votos tomarão no segundo turno das eleições argentinas.