Ambipar na mira da CVM: Alta de 800% nas ações levanta suspeitas de manipulação
Entre os nomes citados estão Nelson Tanure, Tércio Borlenghi, o Banco Master, e fundos ligados à gestora Trustee DTVM.
A Ambipar (AMBP3) pretende usar ações de emissão própria para abater obrigações assumidas por meio de fusões e aquisições. A medida deve cortar em R$ 200 milhões as despesas financeiras da companhia.
💲 Segundo a Ambipar, a ideia é usar 3,74 milhões de ações adquiridas em programas de recompra para quitar R$ 260 milhões em obrigações assumidas pela companhia e suas subsidiárias em determinadas operações societárias.
A medida reduziria em 65% o total comprometido em tais operações. Esse valor era de R$ 397 milhões ao final do segundo trimestre de 2024, mas deve cair para R$ 136 milhões, segundo a Ambipar.
A operação ainda representa um ganho de aproximadamente R$ 200 milhões para a Ambipar. É que a companhia estima um gasto de R$ 61 milhões na recompra das ações necessárias para o negócio e, em troca, uma redução de R$ 260 milhões nas suas obrigações.
⚠️ O negócio, contudo, ainda depende de algumas condições, como a aprovação em assembleia geral extraordinária de acionistas a ser convocada pela companhia. Além disso, a Ambipar ainda precisa recomprar 300 mil ações para atingir as 3,74 milhões necessárias.
Ao todo, a companhia recomprou 5,22 milhões de ações desde junho de 2024, mas 1,77 milhão de ações já foram usadas em programas de remuneração baseadas em ações.
Vale ressaltar que essas ações foram recompradas a um preço médio de R$ 16 o papel, segundo a Ambipar. As ações da companhia, no entanto, são negociadas acima de R$ 70 atualmente.
O papel saltou desde junho, quando a companhia intensificou os esforços para melhorar a sua estrutura de capital. Com isso já acumula uma alta de 351% no ano, até esta segunda-feira (19).
Leia também: Petz (PETZ3) dispara quase 20% pela 2ª sessão consecutiva após "fusão" com Cobasi
A Ambipar já havia anunciado, na última quinta-feira (15), um negócio que promete reduzir a dívida e renovar a frota da empresa.
A companhia vai vender mais de 2,1 mil veículos usados por cerca de R$ 717 milhões e pretende usar parte relevante desses recursos para o pagamento de dívidas.
Com isso, diz que reduzirá de 2,8x para 2,4x a sua alavancagem, medida pela relação entre a Dívida Líquida Financeira o EBITDA, antecipando a meta de alavancagem de 2,5x, que estava prevista para junho de 2025.
Entre os nomes citados estão Nelson Tanure, Tércio Borlenghi, o Banco Master, e fundos ligados à gestora Trustee DTVM.
Agência descontinuou ratings, após o pedido de recuperação judicial da empresa.
A empresa também respondeu a um segundo ofício da B3 referente ao plano de reestruturação.
A Ambipar havia solicitado o depósito como garantia de contratos de derivativos firmados com o banco alemão.
A decisão decorre dos impactos diretos do processo judicial em curso sobre os trabalhos de revisão e auditoria das demonstrações financeiras.
A Justiça negou o mandado do Santander contra Ambipar, enquanto credores acusam empresa de “forum shopping” ao escolher sede no Rio para RJ.
Regulador quer entender discrepância entre o alto caixa declarado e o pedido de recuperação judicial.
Decisão suspende execuções contra a empresa e dá 60 dias para apresentação do plano de recuperação; ações sobem 15% no dia.
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