Ações e moeda do Japão desabam com o governo perdendo maioria nas eleições

Índice acionário Nikkei 225 cai 10% e iene japonês cede 8% em poder de compra ante o dólar desde máximas em 2024

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Publicado em 27/10/2024 às 18:10h - Atualizado 24 dias atrás Publicado em 27/10/2024 às 18:10h Atualizado 24 dias atrás por Lucas Simões
Projeções mostram que o atual governo pode perder a maioria no Parlamento (Imagem: Shutterstock)
Projeções mostram que o atual governo pode perder a maioria no Parlamento (Imagem: Shutterstock)

📉 As ações japonesas e a moeda oficial do país, o iene, acumulam fortes correções desde suas máximas em 2024, à medida que projeções dão conta de que o atual governo do Japão pode perder sua maioria no Parlamento durante eleições antecipadas neste domingo (27).

O Nikkei 225, principal índice acionário da Bolsa de Tóquio, soma desvalorização de 10,2% desde a sua maior cotação no ano em 11 de julho, aos 37.913 pontos. Já o iene perdeu 8% em valor de compra ante o dólar desde a maior força da moeda japonesa em 15 de setembro, cotada a ¥ 153,15.

Conforme dados da emissora pública NHK, a coalizão que governa a quarta maior economia do planeta (Partido Liberal Democrata e seu parceiro Komeito) deve ficar abaixo das 233 cadeiras necessárias para controlar o parlamento japonês.

Enquanto isso, os partidos de oposição (Partido Democrático Constitucional e Partido Democrático para o Povo) fizeram ganhos significativos na câmara baixa do país.

Caso os resultados se confirmem às projeções, então seria a primeira vez desde 2009 que o Partido Liberal Democrata perderia sua maioria.

O atual premiê japonês Shigeru Ishiba sucedeu Fumio Kishida como governante do país no último dia 1º de outubro, prometendo reduzir o alto custo de vida na nação.

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Montanha-russa nas ações japonesas

A bolsa de valores japonesa experimentou uma impressionante recuperação no início de agosto de 2024, alcançando sua maior alta diária desde a crise financeira de 2008.

Após uma queda acentuada no pregão anterior, oíndice Nikkei 225 subiu 10,23% no dia 6 de agosto, fechando em 34.675,46 pontos, impulsionado pela busca de investidores por ações a preços atrativos e pela recuperação do iene frente ao dólar.

Na época, os mercados asiáticos, juntamente com outras partes do mundo, estavam sob pressão devido a dados econômicos fracos dos Estados Unidos, que aumentaram os temores de uma possível recessão.