Spotify, Coca e mais: Empresas com operação no Brasil ampliam lucro no 1T25
Companhias já começam a contabilizar efeitos tarifários.

Assim como no Brasil, as empresas listadas nas bolsas dos Estados Unidos estão divulgando seus balanços financeiros do primeiro trimestre de 2025. Por lá, os investidores estão de olho no tarifaço e, com posse desses dados, estão fazendo suas apostas para o próximo período.
💰 Nesta terça-feira (29), outras quatro grandes companhias -com operações no Brasil- divulgaram seus números. A seguir você confere os detalhes de cada uma.
Spotify (S1PO34)
O streaming de música viu seu lucro aumentar em 14,2% entre janeiro e março, totalizando 225 milhões de euros. Houve também um acréscimo de 15% nas receitas totais, que somaram 4,19 bilhões de euros, segundo o relatório.
A empresa terminou o trimestre com um total de 678 milhões de usuários ativos mensais, o que representa a chegada de 10% novos consumidores. Já a base de usuários pagos subiu 12% e totalizou 268 milhões de assinantes.
“Os dados neste momento mostram que nossas operações estão bem saudáveis”, destacou Daniel Ek, diretor-presidente do Spotify, por meio de nota. “O curto prazo pode apresentar alguns desafios, mas permanecemos confiantes com nossos fundamentos”, completou.
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Coca-Cola (COCA34)
A fabricante de bebidas fechou o primeiro trimestre com um lucro de US$ 3,33 bilhões, afirmando um crescimento de 4,7% na etapa anual. Desta forma, o lucro por ação foi de US$ 0,73, acima da expectativa do mercado que fala em US$ 0,72.
As receitas, porém, foram no sentido inverso, com recuo de 2%, para US$ 11,13 bilhões, enquanto a consenso FactSet era de US$ 11,16 bi. Mesmo com esse recuo, os papéis da companhia cresceram 1% no pregão desta terça, conforme dados de NYSE.
“Apesar de alguma pressão nos principais mercados desenvolvidos, o poder da nossa presença global nos permitiu navegar com sucesso em um ambiente externo complexo”, declarou o diretor-presidente da companhia, James Quincey, em carta aos acionistas.
Pfizer (PFIZ34)
Já a farmacêutica teve um primeiro período aquém do anterior, registrando uma queda de 5% na base anual, para US$ 2,96 bilhões. As receitas também seguiram o desempenho negativo e caíram 8% na comparação com doze meses antes e somaram US$ 13,7 bilhões.
Apesar dos números, a companhia manteve as metas financeiras para este ano de 2025: alcançar uma receita de no mínimo US$ 61 bilhões e um lucro por ação de até US$ 3. “Com a força dos nossos negócios, acreditamos que temos habilidade para navegar o atual cenário volátil e incerto”, diz Albert Bourla, diretor-presidente da Pfizer, em nota.
Kraft Heinz (KHCB34)
A controladora de marcas como Quero e Philadelphia também apresentou lucro negativo na comparação com doze meses trás. No primeiro trimestre, a empresa somou US$ 712 milhões, número que representa uma baixa de 11%, e US$ 6 bilhões em receita.
Para o acumulado deste ano, a companhia espera chegar a um lucro por ação entre US$ 2,51 e US$ 2,67. Isso seria uma conta já com os efeitos tarifários da política do presidente Donald Trump.
“Conseguimos entregar resultados em linha com nossas expectativas mesmo com pressões crescentes do mercado”, diz Carlos Abrams-Rivera, diretor-presidente da Kraft Heinz, em nota.