O trader é um profissional do mercado financeiro que ganha dinheiro com operações de curto prazo. Nesse sentido, ele realiza operações com ações e contratos futuros, por exemplo, se aproveitando da volatilidade do mercado.
Por isso, se você saber mais do universo deste tipo de investidor, neste artigo vamos responder a você as seguintes perguntas:
- O que é um trader?
- Qual a média salarial?
- Qual é a formação necessária para ser um trader?
- Como ser um trader de sucesso?
O que é um trader?
Conforme já mencionado, o trader é quem realiza operações de curto prazo na Bolsa de Valores. Se analisarmos o signficado do termo em inglês, seria algo como negociante/comerciante.
Dessa forma, essa pessoa pode ser uma entidade ou pessoa física que negocia ativos financeiros. Esses ativos podem ser ações, títulos, commodites, derivativos, etc.
Apesar de ser uma profissão abominada, o trader é fundamental para o funcionamento do mercado, uma vez que é ele quem ajuda a precificar os ativos no curto prazo, além de agregar liquidez ao mercado.
Ainda, em face ao aumento da volatilidade do Brasil nos últimos anos em conjunto com a evoulção de ferramentas e criação de novos produtos, houve um forte aumento nos ganhos deste profissional. Dessa forma, essa carreira vem sendo fortalecida no mercado financeiro.
Quanto ganha um trader?
De fato, é difícil estabelecer uma média salarial para este profissional, pois tudo depende do volume que você deseja operar e do seu perfil de investidor.
Entretanto, um trader mais moderado pode alcançar uma rentabilidade de 2% ao mês, enquanto um profissional mais agressivo pode conseguir ganhos de 10% ao mês.
Além disso, como em qualquer outra profissão, há profissionais bons e ruins. Dessa forma, existem traders que vão ganhar muito dinheiro e até possivelmennte ficar milionários, enquanto outros podem ganhar pouco ou até mesmo perder grandes quantias.
Ainda, vale mencionar que existem alguns custos de operações de curto prazo que merecem ser levados em consideração para calcular o resultado líquido das operações.
Nesse sentido, os custos mais expressivos são os de corretagem (pagos à corretora que você escolheu para operar) e os custos de emolumentos, pagos a B3.
Qual é a formação necessária para ser um trader?
Para ser um trader, você não precisa de nenhuma formação específica. Portanto, você pode ser economista, médico, engenheiro, etc.
No entanto, se você quer ter sucesso nessa profissão, é necessário conhecer os conceitos de economia e entender também o que pode influenciar no preços dos ativos da Bolsa.
Dessa forma, apesar da flexibilidade quanto a profissão, os traders geralmente possuem formação em diversos cursos de exatas ou em administração e economia.
Além disso, o trader pode ser empregado de uma instituição finaceira ou também ser autônomo, realizando operações para si próprio.
Como ser um trader de sucesso?
De fato, para ser um trader de sucesso, você irá precisar de uma mentalidade adequada, além de se atentar a alguns pontos específicos para formular sua tão sonhada consistência, como:
1 – Estratégia: De fato, o trader possui diversas ferramentas para analisar o mercado. Por isso, ele deve definir em qual perfil se encaixa, qual o melhor tipo de análise para ele e focar no estudo e desenvolvimento da mesma.
2 – Conhecimento: Nessa parte, o ideal é que o trader foque em uma análise e a desenvolva, estudando cada vez mais.
3 – Gerenciamento de Riscos: Para que você seja um trader de vida longa no mercado, é necessário saber definir o ponto de entrada, o volume financeiro que irá operar como também seus pontos de stop loss (que serve para limitar suas perdas) e stop gain (que serve para garantir o lucro que você obteve).
4 – Questões Emocionais: Para ser um trader de sucesso, você precisa entender que nunca poderá controlar o mercado, mas pode controlar a si mesmo. Por isso, seja racional em suas análises e operações, mantenha seu autocontrole e procure controlar sua ganância.
Mercado
Em face a entrada dos robôs que arbitram esse mercado, em 2008, houve um aumento da liquidez, o que permite ao trader operar com mais capital.
Nesse sentido, como este profissional ganha tanto na alta como na queda dos preços (usando as operações de venda a descoberto), não há relevância para ele se o mercado está subindo ou descendo.
Entretanto, ao mesmo tempo que a Bolsa talvez prejudique investimentos de longo prazo, por outro lado ela traz muita volatilidade, o que é um ótimo fator para o trader, que consegue mais espaço para especulação.
Além disso, vale mencionar que o mercado de contratos futuros talvez sejam até mais interessantes para este profissional do que o mercado popular de ações.
Isso ocorre porque neste tipo de mercado, você consegue operar um volume financeiro muito maior do que você possui (processo chamado de alavancagem). Dessa forma, é possível alavancar muito mais com contratos futuros do que com ações.
Day Trade pode gerar prejuízo
Por fim, de acordo com uma pesquisa realizada pela FGV, cerca de 90% das pessoas que tentam viver de Day Trade (operações de compra e venda no mesmo dia) têm prejuízo.
A pesquisa, encomendada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), analisou dados de 2012 a 2017 com mais de 19 mil pessoas que realizavam day trade.
Desse total, cerca de 91% realizaram prejuízo. Somadas, essas perdas acumularam R$64,8 milhões, o que corresponde a uma média de R$35,90 por dia por investidor.
Curva de aprendizado é um mito
Ainda, a pesquisa também mostra que a curva de aprendizado é um mito. Dessa forma, ao contrário do que muitas consultorias indicam, após um determinado tempo o day trader não é capaz de passar a lucrar com essas operações.
Na verdade, descobriu-se que o desempenho do trader tende a piorar. “Uma possível explicação é que à medida que a perda acumulada do day trader vai aumentando, ele vai tomando decisões cada vez mais equivocadas”, explica o estudo da FGV.
Longo prazo muda o jogo
Por fim, ainda de acordo com o estudo, o longo prazo muda totalmente o cenário com relação aos investimentos. “Se você investe em ações pensando no longo prazo, vale muito a pena. Porém, isso é muito diferente de entrar na Bolsa todo dia para comprar e vender”, aponta o estudo.
