O que é ETF: como investir em Fundos de Índice [Guia Completo]

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Publicado em 18/09/2025 às 11:50h - Atualizado Agora Publicado em 18/09/2025 às 11:50h Atualizado Agora por Redação
(Imagem: Shutterstock)
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Imagine poder investir no índice S&P 500, no ouro, em imóveis e até em criptomoedas com apenas alguns cliques no seu home broker. 

Bem-vindo ao mundo dos ETFs (Exchange Traded Funds) ou apenas Fundos de Índice que revolucionaram o mercado de investimentos e tornaram a diversificação global acessível até para quem tem R$ 100 na conta.

Se você já se perguntou como seria ter uma carteira de investimentos tão diversificada quanto a de Warren Buffett, mas sem precisar de bilhões de dólares (nem de décadas de experiência), os ETFs podem ser sua resposta. Confira a seguir tudo sobre ETFs!

O que é ETF?

ETF é a sigla para Exchange Traded Fund, ou "Fundo de Investimento Negociado em Bolsa" em português. 

Eles são como fundos de investimento que "se comportam" como ações individuais na bolsa de valores. É como se fosse um híbrido: tem a diversificação de um fundo, mas a praticidade de comprar e vender ações.

Para entender melhor, imagine que você quer investir nas  maiores empresas do Brasil. Tradicionalmente, você precisaria comprar ações de cada uma dessas empresas separadamente, um trabalho que exigiria uma quantia considerável de dinheiro e muito tempo para acompanhar cada movimento. 

Com um ETF, você compra uma única "cota" que representa uma pequena participação em todas essas 100 empresas por um valor muito mais acessível que a ação de cada.  Genial, não é?

Funcionamento básico dos ETFs

Os ETFs operam por meio de um mecanismo inteligente de replicação de índices. Por exemplo, ao investir em um ETF do Ibovespa, o fundo utiliza o seu dinheiro, junto com o de outros investidores, para comprar as ações que compõem o índice, na mesma proporção em que aparecem no Ibovespa.

Gestores profissionais monitoram constantemente o índice de referência e ajustam a carteira do ETF sempre que há mudanças na composição do índice. 

Se uma empresa sai do Ibovespa e outra entra, o ETF vende as ações da primeira e compra da segunda, mantendo sempre a mesma proporção.

A negociação acontece em tempo real durante o pregão da bolsa, exatamente como acontece com ações individuais. 

Você pode comprar de manhã e vender à tarde, se quiser – embora essa estratégia não seja exatamente o que recomendaríamos para quem busca construir patrimônio a longo prazo.

Uma característica interessante é o mecanismo de arbitragem que mantém o preço das cotas próximo ao valor real da carteira. 

  • Se o ETF estiver sendo negociado acima do valor das ações que possui, investidores podem criar novas cotas e vendê-las, equilibrando o preço.

  • O processo inverso também funciona: se o ETF estiver abaixo do valor justo, cotas podem ser resgatadas, ajustando novamente o preço.

Origem dos ETFs

O primeiro ETF de sucesso foi lançado no Canadá na bolsa de Toronto e o objetivo com esse produto era democratizar o acesso do investidor comum a investimento de ações há mais de 30 anos. Mas só foi a partir de 2013 que esse tipo de investimento começou a ficar mais popular.

No Brasil, o ETF foi lançado em 2004, mas só começou a se popularizar entre 2018/2019, nesse período teve mais registro de pedidos de ETF na CVM e também houve uma maior negociabilidade desses produtos na B3.

De 2016 a 2025, o mercado de ETFs no Brasil cresceu significativamente, impulsionado pela diversificação de produtos, que hoje incluem desde renda fixa até commodities e criptoativos. 

O patrimônio sob gestão desses fundos saiu de 4 bilhões em 2016 para mais de 60 bilhões em 2025, com a base de investidores superando 1 milhão.

Esse avanço reflete maior educação financeira, digitalização dos canais e inovação na oferta. Abaixo entenda mais sobre os ETFs disponíveis em solo brasileiro.

ETFs Nacionais

O universo dos ETFs Nacionais é vasto e diversificado, há opções para todos os gostos, bolsos e estratégias. A seguir vamos explorar os principais tipos disponíveis para investidores brasileiros!

ETFs de Ações (Renda Variável)

Os ETFs de ações são os mais populares e, provavelmente, os primeiros que você deve conhecer. Eles se dividem em várias categorias:

Índices amplos: estes são os "generalistas" do mundo ETF. No Brasil, temos o BOVA11, que replica o Ibovespa, permitindo que você invista nas maiores empresas brasileiras de uma só vez. É semelhante a comprar um pedacinho da economia brasileira, com direito a Petrobras, Vale, Itaú e toda a turma do “top” nacional.

ETFs setoriais: para quem tem teses de investimento mais específicas, existem ETFs focados em setores. Acredita no futuro da tecnologia? Existe ETF para isso. Aposta no agronegócio brasileiro? Também tem.

Smart Beta (fatores): aqui a coisa fica interessante. Estes ETFs não simplesmente replicam índices tradicionais; eles seguem estratégias específicas como investir apenas em empresas que pagam bons dividendos (como o DIVO11), ou focar em small caps (empresas menores com potencial de crescimento). 

Os smart beta permitem que você implemente estratégias sofisticadas de investimento com a simplicidade de comprar uma única ação. Quer investir apenas em empresas que estão baratas em relação ao seu valor contábil? Existe ETF para isso. Prefere empresas com baixa volatilidade? Também tem.

ETFs de Renda Fixa

Se você é do tipo que prefere dormir tranquilo (e acordar com o patrimônio intacto), os ETFs de renda fixa podem ser seus novos melhores amigos. Eles funcionam de forma similar aos de ações, mas investem em títulos de dívida como títulos públicos, CDBs, debêntures e outros papéis de renda fixa.

O grande diferencial aqui é a diversificação temporal e de emissores. Em vez de comprar um título específico de uma empresa específica com um prazo específico, você investe em uma carteira diversificada de títulos com diferentes vencimentos e emissores. 

Alguns ETFs de renda fixa focam em títulos públicos (como o IMA-B, que acompanha títulos indexados ao IPCA), enquanto outros se aventuram pelo universo corporativo, investindo em debêntures de empresas privadas. A beleza está na possibilidade de acessar segmentos do mercado de renda fixa que normalmente seriam difíceis para o investidor pessoa física.

ETFs de Commodities

Sempre quis investir em ouro, mas não sabia onde guardar as barrinhas? (E também não queria explicar para a família por que tem um cofre em casa?) Os ETFs de commodities resolvem esse dilema moderno de forma elegante.

Estes fundos investem em commodities como ouro, petróleo, soja, café e outros produtos básicos. O GOLD11, por exemplo, permite que você invista em ouro sem precisar se preocupar com armazenamento, segurança ou autenticidade. 

Os ETFs de commodities são excelentes para diversificação, já que commodities frequentemente se movem de forma independente (ou até contrária) ao mercado de ações. Quando a bolsa cai, o ouro muitas vezes sobe. É tipo aquele amigo que sempre está disponível quando os outros te abandonam.

💡Saiba mais: O que são commodities: guia completo para investir

ETFs de Fundos Imobiliários (FIIs)

O mercado imobiliário brasileiro ganhou uma nova dimensão com os ETFs de FIIs. O XFIX11, por exemplo, replica o IFIX (índice que acompanha o desempenho dos fundos imobiliários brasileiros). 

Estes ETFs oferecem exposição diversificada ao mercado imobiliário brasileiro, incluindo diferentes tipos de propriedades e regiões geográficas. É uma forma líquida de investir em imóveis, você pode vender suas "cotas de shopping center" no mesmo dia, coisa que certamente não conseguiria fazer com um imóvel físico.

ETFs Internacionais: BDRs de ETFs

Aqui chegamos ao que muitos consideram o "santo graal" da diversificação: a possibilidade de investir em mercados internacionais sem sair do Brasil (nem do sofá da sua casa). 

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs permitem que você invista em ETFs americanos através da B3.

O IVVB11, por exemplo, replica o desempenho do S&P 500, ou seja, você estará comprando um pedacinho das 500 maiores empresas americanas, incluindo Apple, Microsoft, Amazon e muitas outras gigantes da tecnologia. Já o NASD11 foca especificamente no Nasdaq 100, concentrando-se nas maiores empresas de tecnologia do mundo.

Para quem tem uma plataforma como o Investidor10, acompanhar esses ETFs internacionais fica ainda mais fácil, já que você pode comparar performance, custos e características de diferentes opções em um só lugar, tanto dos nacionais quanto dos internacionais.

ETFs internacionais são fundamentais para quem entende que diversificação geográfica é tão importante quanto diversificação setorial. Afinal, por que limitar seus investimentos ao Brasil quando você pode participar do crescimento da economia global?

Dividendos de ETFs: como funcionam

Os ETFs internacionais que replicam índices estrangeiros, como o S&P 500 ou o Nasdaq 100, podem gerar dividendos quando as empresas da carteira pagam proventos. 

No entanto, a forma de repasse depende do regulamento de cada fundo: alguns distribuem os dividendos aos cotistas em dinheiro, enquanto outros reinvestem automaticamente no próprio fundo. 

Já os ETFs nacionais, listados na B3, geralmente não pagam dividendos diretamente. Isso porque os proventos recebidos pelas ações da carteira são reinvestidos no fundo, refletindo no valor da cota. 

Assim, enquanto os ETFs internacionais podem proporcionar renda passiva em dólar, os ETFs nacionais oferecem o benefício indireto de valorização da cota, sem repasse em dinheiro ao investidor.

💡Com a Agenda de Dividendos de ETFs você tem acesso antecipado às datas de pagamento de dividendos, projeções de rendimento e histórico de distribuição, isso permite planejar quando ingressar ou sair de determinados ETFs com base no fluxo de rendimentos. 

Além disso, a ferramenta ajuda a estimar ganhos futuros, considerando quantias investidas e taxas de câmbio, o que é essencial para quem investe fora do Brasil.

ETFs no Brasil: regulamentação e panorama

O mercado brasileiro de ETFs vem amadurecendo rapidamente, embora ainda esteja engatinhando se comparado a mercados mais desenvolvidos como o americano. 

A regulamentação é sólida, baseada principalmente na Instrução CVM 359/2002, que estabelece as regras para funcionamento destes fundos no país.

Legislação e Funcionamento

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regulamenta os ETFs brasileiros com rigor, exigindo transparência na composição das carteiras, divulgação regular de informações e aderência estrita aos índices de referência. 

Isso significa que quando você investe em um ETF brasileiro, tem a garantia de que está recebendo exatamente o que foi prometido, nada de surpresas desagradáveis na carteira.

Os ETFs brasileiros devem publicar diariamente sua composição, permitindo que investidores saibam exatamente onde seu dinheiro está aplicado. 

Tipos disponíveis

Hoje o mercado brasileiro já conta com dezenas de ETFs cobrindo diferentes classes de ativos e estratégias. Entre eles:

  • Ações: índices amplos (Ibovespa), Small Caps, dividendos.

  • Renda fixa: títulos públicos e privados.

  • Híbridos: mistura de diferentes classes de ativos.

  • Fundos imobiliários (FIIs).

  • Debêntures de infraestrutura.

  • Criptomoedas.

Embora o número ainda seja modesto comparado aos milhares disponíveis nos EUA, a variedade já permite construir carteiras bem diversificadas usando apenas ETFs nacionais. E o melhor: novos produtos são lançados regularmente, expandindo constantemente as opções disponíveis.

Vantagens e custos no Brasil

Uma das principais vantagens dos ETFs brasileiros é a ausência do "come-cotas", uma taxa semestral que corrói silenciosamente o patrimônio em fundos tradicionais.

ETFs são tributados apenas no momento da venda, como ações, o que pode fazer uma diferença significativa no longo prazo. 

As taxas de administração dos ETFs brasileiros geralmente ficam entre 0,3% e 0,8% ao ano, bem mais baixas que a maioria dos fundos ativos. 

A tributação segue as regras de renda variável (15% sobre ganhos de capital para vendas acima de R$ 20.000 por mês) ou renda fixa (tabela regressiva), dependendo do tipo de ETF. É simples e transparente, você sabe exatamente quanto pagará de imposto antes de investir.

Vantagens e riscos ao investir em ETFs

(Imagem: Shutterstock)
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Como tudo na vida (e especialmente no mundo dos investimentos), ETFs têm seus prós e contras. Abaixo, vamos analisá-los de forma honesta e prática.

Vantagens dos ETFs

  • Diversificação facilitada: com um único investimento, você ganha exposição a dezenas ou centenas de ativos diferentes. 

  • Baixo custo: taxas de administração menores que fundos ativos e mais dinheiro trabalhando para você. 

  • Transparência: você sempre sabe exatamente onde seu dinheiro está investido.. 

  • Liquidez: pode comprar e vender durante o pregão, sem travas de resgate como nos fundos tradicionais.

  • Flexibilidade: é possível montar desde carteiras conservadoras até estratégias setoriais agressivas.

Riscos dos ETFs

  • Risco de mercado: se o índice cair, o ETF acompanha a queda. Não há mágica que elimine o risco de mercado.

  • Tracking error: pequenas diferenças de performance em relação ao índice, por custos ou reinvestimento de dividendos.

  • Liquidez baixa: ETFs muito especializados ou com pouco patrimônio podem ter baixa liquidez, dificultando compra e venda. É importante verificar o volume de negociação antes de investir.

  • Concentração: alguns ETFs podem estar mais concentrados do que aparentam. Um ETF de "tecnologia" pode ter 40% do patrimônio nas cinco maiores empresas do setor.

  • Risco cambial ( Internacionais): ETFs que investem no exterior estão sujeitos à variação do câmbio. O dólar pode tanto turbinar quanto prejudicar seus retornos.

Passo a passo para investir em ETFs no Brasil

Investir em ETFs é mais simples do que parece, e certamente mais simples do que tentar montar uma carteira diversificada comprando ações individuais.

1. Escolha uma corretora: praticamente todas as corretoras brasileiras oferecem ETFs. Compare taxas de corretagem, plataformas de negociação e recursos disponíveis. Muitas corretoras já oferecem corretagem zero para ETFs, então não há desculpa para pagar taxas desnecessárias.

2. Abra sua conta: o processo é padrão: documentos, questionário de suitabilidade (seja honesto sobre seu perfil de risco) e transferência inicial. Geralmente leva alguns dias úteis.

3. Transfira recursos: use TED/PIX para transferir dinheiro da sua conta bancária para a corretora. A maioria das corretoras processa transferências no mesmo dia.

4. Acesse o home broker: sua corretora fornecerá acesso ao home broker, a plataforma onde você comprará e venderá ETFs. Familiarize-se com a interface antes de fazer seu primeiro investimento.

5. Pesquise e escolha seus ETFs: use recursos como o Investidor10 para comparar diferentes ETFs, analisar composição das carteiras, histórico de performance e taxas. É fundamental entender no que você está investindo.

6. Faça seu primeiro investimento: digite o código do ETF, quantidade de cotas desejadas e tipo de ordem (geralmente "a mercado" para iniciantes). Confirme e pronto: você é oficialmente um investidor em ETFs!

7. Acompanhe e rebalanceie: ETFs são investimentos de longo prazo, mas isso não significa "comprar e esquecer". Revise sua carteira periodicamente e rebalanceie quando necessário.

Os prazos de liquidação são D+1 para a maioria dos ETFs de ações e D+2 para alguns tipos específicos. Isso significa que você pode vender hoje e ter o dinheiro disponível amanhã ou depois de amanhã.

Como investir em ETFs Internacionais

Aqui as coisas ficam um pouco mais interessantes (e complexas). Você tem basicamente duas rotas principais:

  • Rota 1: BDRs via B3: Essa é a forma mais simples para brasileiros. Você compra BDRs de ETFs americanos diretamente na B3, usando reais. ETFs como IVVB11 (S&P 500) e NASD11 (Nasdaq 100) estão disponíveis desta forma.

As vantagens incluem facilidade (usa o mesmo home broker), tributação brasileira padrão e não precisar lidar com câmbio diretamente. A desvantagem é a seleção limitada – apenas alguns ETFs americanos estão disponíveis como BDRs.

  • Rota 2: acesso direto via corretoras internacionais: para investidores mais sofisticados, corretoras como Interactive Brokers, TD Ameritrade ou Charles Schwab oferecem acesso direto ao mercado americano. Isso abre um universo de milhares de ETFs, mas também adiciona complexidade.

Você precisará abrir conta no exterior, lidar com documentação em inglês, conversão de moeda, declaração de IR mais complexa e regulamentações específicas. É uma burocracia adicional, mas que não impede milhares de investidores usarem esse caminho. 

Tributação

A tributação de ETFs no Brasil é relativamente simples, mas varia conforme o tipo de ETF:

  • ETFs de ações: 15% sobre ganhos de capital para vendas acima de R$ 20.000 por mês. Vendas até R$ 20.000 são isentas. É importante manter controle das suas vendas mensais.

  • ETFs de renda fixa: seguem a tabela regressiva (22,5% até 180 dias, 20% de 181 a 360 dias, 17,5% de 361 a 720 dias, e 15% acima de 720 dias). Quanto mais tempo você segurar, menos imposto paga.

  • ETFs Internacionais via BDRs: tributação como renda variável (15%), mas você também pode ser tributado na fonte pelo país de origem (geralmente EUA). Existe acordo para evitar tributação, mas é mais complexo.

  • Dividendos: ETFs que distribuem dividendos estão sujeitos à tributação normal de dividendos, atualmente isenta no Brasil para pessoa física, mas isso pode mudar com reformas tributárias futuras.

Tendências e inovações em ETFs

(Imagem: Shutterstock)
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O mundo dos ETFs está em constante evolução. Veja as principais tendências e inovações que já estão em movimento, e as que prometem transformar ainda mais esse mercado nos próximos anos.ETFs temáticos e de nicho

A tendência mais visível é a criação de ETFs cada vez mais específicos e temáticos. Quer investir apenas em empresas que desenvolvem inteligência artificial? Existe ETF para isso. Acredita no futuro da energia limpa? Também tem. Gaming, robótica, água potável, envelhecimento populacional e praticamente qualquer tema de investimento já possui seu ETF correspondente.

Esta especialização permite que investidores implementem teses de investimento muito específicas sem precisar se tornar especialistas em setores inteiros. 

ETFs ativos

Uma inovação interessante é o surgimento de ETFs "ativos", que combinam a estrutura transparente e de baixo custo dos ETFs tradicionais com gestão ativa de portfólio. 

Gestores profissionais fazem decisões de investimento dentro da estrutura de ETF, oferecendo potencial de superar índices (com o risco adicional de também ficar abaixo).

No Brasil, os ETFs com gestão ativa ainda não são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que classifica os ETFs como fundos de índice, o que exige que eles espelhem um índice de mercado. 

Contudo, a entidade já revelou que está aberta a debater mudanças para regular esses produtos, caso a demanda viesse do setor.

Sustentabilidade e ESG

ETFs focados em critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) estão explodindo em popularidade. Investidores com uma tendência mais sustentável podem agora investir apenas em empresas que atendem a rigorosos critérios de sustentabilidade.

Tecnologia e automação

A tecnologia por trás dos ETFs está ficando cada vez mais sofisticada. Algoritmos de rebalanceamento automático, otimização fiscal inteligente e até mesmo ETFs que usam inteligência artificial para seleção de ativos estão se tornando realidade.

Para investidores brasileiros, isso se traduz em produtos mais eficientes, custos ainda menores e estratégias de investimento cada vez mais sofisticadas disponíveis através de uma simples compra no home broker.

Criptomoedas e ativos alternativos

ETFs de criptomoedas finalmente começaram a aparecer em alguns mercados, oferecendo exposição regulamentada ao Bitcoin, Ethereum e outras moedas digitais. 

No Brasil, já temos alguns ETFs experimentais nessa direção, embora ainda limitados pela regulamentação local. É uma tendência a observar nos próximos anos.

Fractional shares e democratização

Tecnologias que permitem investir em frações de cotas estão tornando os ETFs ainda mais acessíveis. Em vez de precisar comprar uma cota inteira (que pode custar centenas de reais), investidores podem comprar frações, investindo exatamente o valor que têm disponível.

Isso é especialmente relevante para investidores iniciantes ou aqueles que fazem aportes mensais pequenos. É a democratização completa dos investimentos, qualquer quantia, por menor que seja, pode ser investida de forma profissional e diversificada.

Integração com fintechs

A integração entre ETFs e aplicativos de gestão financeira está revolucionando como investidores acompanham e gerenciam suas carteiras. 

Plataformas como o Investidor10 oferecem visões consolidadas de performance, análises comparativas e ranking de ETFS, tornando a gestão de carteiras de ETFs muito mais intuitiva e inteligente.

Essa integração permite que investidores tomem decisões mais informadas, acompanhem benchmarks relevantes e mantenham suas estratégias de investimento alinhadas com seus objetivos de longo prazo.

Cenário dos ETFs no Brasil e no mundo 

Em junho de 2025, o valor total investido em ETFs no mundo atingiu um recorde de US$ 16,99 trilhões, a maior parte domiciliados na América do Norte, seguidos pelos domiciliados na Europa e Ásia-Pacífico. Os Estados Unidos são o maior país-domicílio, com cerca de US$ 11,56 trilhões sob gestão em ETFs.

No Brasil, o patrimônio total investido em ETFs atingiu aproximadamente R$ 60 bilhões em julho de 2025, segundo dados divulgados pela B3 e reportados pela mídia. Esse valor representa um crescimento consistente do mercado local. 

A maior parte desse patrimônio está dividida entre ETFs de renda variável local com R$ 23,02 bilhões e ETFs de renda variável internacional com R$ 22,68 bilhões, seguidos por ETFs de renda fixa local, R$ 10,17 bilhões.

Além disso, o número de investidores brasileiros chegou a mais de 1 milhão em 2025, predominando amplamente sobre investidores institucionais. O perfil do investidor comum tem forte presença na compra de ETFs, o que demonstra o crescimento e popularização dessa modalidade de investimento no Brasil.

Checklist para começar a investir em ETFs

  1. Perfil de investidor: avalie se você é conservador, moderado ou arrojado. ETFs podem investir em ações, renda fixa, commodities ou internacionais, com diferentes níveis de risco e volatilidade.

  2. Objetivos financeiros: defina suas metas, como geração de renda passiva, diversificação da carteira nacional e internacional, ou valorização de capital no longo prazo.

  3. Horizonte de investimento: considere por quanto tempo pretende manter o investimento. ETFs são ideais para médio e longo prazo, permitindo acompanhar índices e setores de forma diversificada.

    Conhecimento sobre ETFs: entenda os tipos de ETFs (ações, renda fixa, commodities, fundos imobiliários, internacionais), suas estratégias (setoriais, temáticos, smart beta) e os riscos associados.

  4. Diversificação da carteira: evite concentrar todos os recursos em um único ETF ou setor. Misturar ETFs nacionais e internacionais, de diferentes classes de ativos, ajuda a reduzir riscos e equilibrar retornos.

  5. Escolha de uma corretora confiável: utilize uma corretora regulamentada que ofereça ETFs nacionais e internacionais, garantindo segurança nas operações e informações detalhadas sobre cada fundo.

  6. Acompanhamento e disciplina: monitore periodicamente preços, composição da carteira, dividendos e performance do ETF. Ajuste sua estratégia conforme mudanças no mercado ou nos seus objetivos financeiros.

Conclusão: ETFs valem a pena? 

Os ETFs estão entre as maiores inovações do mercado financeiro, tornando acessíveis estratégias de investimentos que antes eram restritas a grandes investidores. 

Com poucos cliques, é possível construir um portfólio diversificado, nacional ou global, sem a complexidade e o custo de replicar ativos individualmente.

No caso dos investidores brasileiros, eles são uma ponte entre a economia local e os mercados internacionais, ampliando possibilidades de crescimento e proteção do patrimônio.

É importante lembrar: ETFs são ferramentas, não soluções mágicas. Eles trazem diversificação, transparência e eficiência, mas ainda exigem planejamento, disciplina e visão de longo prazo para gerar bons resultados.

E é exatamente aí que o Investidor10 entra: nossa plataforma facilita a comparação de ETFs, integra sua carteira diretamente com a B3, sincroniza suas posições automaticamente e ainda oferece o Gerenciador de Carteiras e rankings exclusivos. 

Assim, você acompanha sua performance de forma prática e toma decisões com muito mais segurança. Otimize seu tempo com as ferramentas do Investidor10 PRO! 

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