Conheça a história da Copel: da fundação ao papel de destaque no setor elétrico brasileiro

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Publicado em 07/12/2024 às 10:17h - Atualizado 10 dias atrás Publicado em 07/12/2024 às 10:17h Atualizado 10 dias atrás por Carlos Filadelpho

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é uma empresa brasileira fundada em 1954, com sede em Curitiba, Paraná.

A empresa atua nos setores de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, além de ter presença em outros segmentos como telecomunicações e gás natural.

Geração de energia: A Copel possui um portfólio bem diversificado de usinas, incluindo hidrelétricas, termelétricas e parques eólicos.

Até outubro de 2024, a empresa contava com 62 usinas próprias, sendo: 18 hidrelétricas, 1 termelétrica e 43 eólicas, totalizando uma capacidade instalada de 6.573,9 MW, ajustada à sua participação em outros empreendimentos de geração.

Transmissão de energia: Para transportar a energia gerada até os centros consumidores, a Copel opera uma extensa rede de transmissão. Até outubro de 2024, essa infraestrutura compreendia 9.685 km de linhas de transmissão

Distribuição de energia: A Copel é responsável pela distribuição de energia elétrica para milhões de consumidores no Paraná, abrangendo residências, indústrias, comércios e propriedades rurais.

A empresa investe continuamente na expansão e modernização de sua rede de distribuição para garantir um fornecimento de energia confiável e de qualidade.

Para 2025, a Copel estima um investimento de R$ 2,5 bilhões no segmento de distribuição de energia.

Comercialização de energia: A Copel atua no mercado livre de energia por meio da Copel Mercado Livre, oferecendo soluções de comercialização para diversos perfis de consumidores.

Em 2021, a Copel Mercado Livre se destacou como a maior comercializadora de energia do Brasil.

Ao longo de sua trajetória, a Copel tem buscado diversificar sua matriz energética e investir em fontes renováveis, alinhando-se às tendências globais de sustentabilidade e eficiência energética.

Recentemente, a empresa vendeu ativos de geração de menor porte, como pequenas centrais hidrelétricas, uma termelétrica e um parque eólico, por R$ 450,5 milhões, como parte de sua estratégia de descarbonização e foco em usinas de maior capacidade.

Com presença em mais de dez estados brasileiros, a Copel continua comprometida em fornecer energia e soluções que promovam o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da sociedade.

História da Copel e como surgiu

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) foi fundada em 26 de outubro de 1954, fruto de uma iniciativa do governo do Estado do Paraná para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região.

Na época, o Paraná enfrentava desafios significativos no fornecimento de energia elétrica, especialmente em áreas rurais e industriais. A criação da Copel surgiu como resposta a essa demanda crescente por energia, um recurso essencial para a modernização e a diversificação da economia estadual.

Contexto histórico

Nos anos 1950, o Brasil vivia um momento de transição econômica, com um forte impulso à industrialização. No Paraná, essa transformação era evidente, mas o progresso enfrentava obstáculos devido à precariedade da infraestrutura energética.

A maior parte da energia elétrica disponível no estado era fornecida por empresas privadas, que não conseguiam atender plenamente à demanda crescente.

Para resolver esse problema, o então governador Bento Munhoz da Rocha Netto decidiu criar uma companhia estatal de energia elétrica, que fosse capaz de ampliar a oferta de energia de maneira planejada e eficiente.

Sendo assim nasceu a Copel, com o objetivo de atender às necessidades de urbanização, industrialização e eletrificação rural.

A fundação

A Copel foi instituída pela Lei Estadual nº 1.384, de 1954, como uma sociedade de economia mista. Desde o início, contou com o apoio do governo estadual e de investidores privados, o que permitiu que a empresa tivesse uma base sólida para suas operações.

A primeira diretoria foi composta por nomes de destaque no cenário político e técnico do Paraná, que foram responsáveis por delinear os rumos estratégicos da nova empresa.

Seu principal desafio inicial foi construir uma infraestrutura elétrica que pudesse atender tanto as capitais quanto as cidades do interior do estado, muitas das quais ainda viviam sem eletricidade.

Primeiros projetos e expansão

O primeiro grande projeto da Copel foi a Usina Hidrelétrica do Rio dos Patos, localizada no município de Ponta Grossa. A obra foi concluída em 1959 e marcou o início das operações da companhia.

Em paralelo, a Copel investiu na construção de linhas de transmissão e na modernização de redes de distribuição para interligar diferentes regiões do estado.

Nos anos seguintes, a Copel foi fundamental para a eletrificação rural no Paraná, levando energia elétrica a propriedades agrícolas e promovendo o desenvolvimento do agronegócio.

Com a energia chegando ao campo, houve um aumento significativo na produtividade agrícola, que por sua vez impulsionou a economia estadual.

Papel do Estado do Paraná

O Estado do Paraná desempenhou um papel central na consolidação da Copel como uma das principais empresas do setor elétrico no Brasil. Além de fornecer suporte financeiro e institucional, o governo estadual garantiu que a companhia operasse sob princípios de eficiência e responsabilidade social.

Essa postura visionária contribuiu para que a Copel se tornasse uma referência nacional em eletrificação, especialmente em regiões interioranas.

A empresa foi pioneira em adotar tecnologias avançadas de geração e transmissão, o que ajudou a posicionar o Paraná como um dos estados mais desenvolvidos do país em termos de infraestrutura energética.

Legado e importância

Desde sua fundação, a Copel teve um impacto significativo no desenvolvimento do Paraná. A empresa foi peça-chave na transformação do estado em um polo industrial e agrícola competitivo.

Além disso, é válido destacar que a Copel sempre manteve um compromisso com a inovação e a sustentabilidade, contribuindo para o progresso econômico e social da região.

Atualmente, a Copel é uma das maiores empresas de energia elétrica do Brasil, sendo reconhecida por sua eficiência operacional e por sua contribuição para o avanço das energias renováveis.

Sua história reflete o papel estratégico que empresas estatais podem desempenhar no desenvolvimento regional, especialmente em contextos onde a iniciativa privada sozinha não consegue atender às demandas da sociedade.

Crescimento e desenvolvimento da Copel

Desde sua fundação em 1954, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem desempenhado um papel muito importante no desenvolvimento energético do Paraná e do Brasil.

Ao longo das décadas, a empresa expandiu significativamente sua capacidade de geração de energia, destacando-se pela construção de importantes usinas hidrelétricas.

Década de 1980:

  • Usina Hidrelétrica Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia): Inaugurada em 1980, esta usina possui uma capacidade instalada de 1.676 MW, sendo um marco na expansão energética do estado.

Década de 1990:

  • Usina Hidrelétrica Governador Ney Braga de Barros (Segredo): Concluída em 1992, adicionou 1.260 MW à matriz energética paranaense.
  • Usina Hidrelétrica Governador José Richa (Salto Caxias): Inaugurada em 1999, com capacidade de 1.240 MW, consolidou a presença da Copel no setor.

Década de 2010:

  • Usina Hidrelétrica Mauá: Iniciada em 2008 e concluída em 2012, esta usina no Rio Tibagi acrescentou 361 MW à capacidade de geração da Copel.
  • Usina Hidrelétrica Colíder: Localizada no Mato Grosso, começou a operar em 2019, com capacidade instalada de 306,9 MW, marcando a expansão da Copel para além do Paraná.

Década de 2020:

  • Pequena Central Hidrelétrica Bela Vista: Inaugurada em 2021 no Rio Chopim, no sudoeste do Paraná, com capacidade para atender mais de 100 mil pessoas, reforçando o compromisso da Copel com a energia renovável.

Em 2024, ao completar 70 anos, a Copel celebrou a renovação por mais 30 anos das concessões de suas três maiores usinas hidrelétricas: Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias.

Essas usinas, juntas, representam 64% da capacidade instalada de geração da empresa, totalizando 4.176 MW. A renovação, formalizada em novembro de 2024, envolveu um investimento de R$ 4,1 bilhões, assegurando a continuidade da operação desses ativos estratégicos.

Ao longo de sete décadas, a Copel não apenas ampliou sua capacidade de geração, mas também investiu em infraestrutura de distribuição, atendendo atualmente 395 municípios paranaenses e expandindo suas operações para outros estados brasileiros.

Com uma rede de distribuição que ultrapassa 210 mil quilômetros, a empresa continua comprometida com a inovação e a sustentabilidade, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Paraná e do Brasil.

Privatização e novas fases da Copel

Em agosto de 2023, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) passou por um processo de privatização, transformando-se de uma sociedade de economia mista controlada pelo Estado do Paraná em uma corporação de capital pulverizado, sem acionista controlador definido.

Essa mudança foi oficializada em 12 de agosto de 2023, quando a empresa comunicou aos acionistas e ao mercado que não estava mais sujeita à "Lei das Estatais".

Consequências da privatização

Governança corporativa: Com a privatização, a estrutura de governança da Copel foi alterada.

O Estado do Paraná reduziu sua participação acionária, passando a deter 15% das ações da companhia e ocupando três das nove cadeiras no conselho de administração, em contraste com as cinco cadeiras que possuía anteriormente.

Eficiência operacional: Analistas apontam que a privatização tende a aumentar a eficiência da empresa, permitindo maior agilidade nas decisões e foco em resultados.

A Copel foi a primeira estatal estadual a ser privatizada via oferta subsequente de ações ("follow-on") no Brasil, atraindo diversos investidores estrangeiros e movimentando R$ 5,2 bilhões, tornando-se a terceira maior oferta do setor elétrico mundial em 2023.

Investimentos e expansão: A nova estrutura acionária possibilita à Copel maior flexibilidade para captar recursos e investir em projetos de expansão e modernização, potencialmente melhorando a qualidade dos serviços prestados.

Impactos no setor elétrico

Precedente para outras privatizações: A desestatização da Copel inaugurou uma nova fase de privatizações estaduais no setor elétrico brasileiro, servindo de modelo para futuras operações semelhantes.

Regulação e fiscalização: A privatização de empresas de energia exige maior rigor dos órgãos reguladores para garantir que a qualidade dos serviços seja mantida e que os direitos dos consumidores sejam preservados.

Desafios e críticas

Qualidade do serviço: Após a privatização, houve relatos de piora no atendimento, especialmente em áreas rurais, com aumento de apagões e prejuízos para a indústria e o campo.

Em março de 2024, uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná discutiu esses problemas, destacando que, no campo, houve 28 mil pedidos de ressarcimento por queima de produtos e máquinas, dos quais apenas 25% tiveram o dano reparado.

Tarifas e investimentos: Há preocupações de que a busca por lucro dos novos acionistas possa levar ao aumento de tarifas e à redução de investimentos em manutenção e expansão da rede elétrica, afetando a qualidade do serviço.

Em resumo, a privatização da Copel representa uma mudança significativa em sua estrutura e operação, trazendo oportunidades de crescimento e eficiência, mas também desafios relacionados à manutenção da qualidade dos serviços e à proteção dos interesses dos consumidores.

Segmentos de atuação da Copel

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é uma das principais empresas do setor elétrico brasileiro, com atuação diversificada nos seguintes segmentos:

Geração de energia: A Copel opera 62 usinas próprias, incluindo 18 hidrelétricas, 1 térmica e 43 parques eólicos, totalizando uma capacidade instalada de 6.573,9 MW, ajustada à sua participação em outros empreendimentos.

Transmissão de energia: A empresa mantém uma rede de 9.685 km de linhas de transmissão, transportando energia das usinas para os centros consumidores.

Distribuição de energia: A Copel atende diretamente mais de 5 milhões de unidades consumidoras em 395 municípios e 1.068 localidades no Paraná, fornecendo energia para residências, indústrias, comércios e propriedades rurais.

Comercialização de energia: A empresa atua no mercado livre de energia, oferecendo soluções de compra e venda de energia elétrica para diversos perfis de consumidores, contribuindo para a eficiência e competitividade do setor.

Telecomunicações: A Copel também investe em infraestrutura de telecomunicações, disponibilizando serviços de internet e comunicação de dados, ampliando sua presença no mercado de tecnologia da informação.

Essa diversificação permite à Copel atuar de forma integrada em toda a cadeia produtiva do setor elétrico, assegurando eficiência operacional e qualidade nos serviços prestados.

Sustentabilidade e inovações tecnológicas

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem se destacado por suas iniciativas voltadas à sustentabilidade e à inovação tecnológica, alinhando suas operações aos princípios ambientais, sociais e de governança (ESG).

Energia limpa e renovável

Diversificação da matriz energética: A Copel prioriza fontes de energia renováveis, como hidrelétricas, parques eólicos e usinas solares, contribuindo para a redução de emissões de gases de efeito estufa.

Projetos de bioenergia: A empresa investe em geração de energia a partir de biomassa e biogás, participando de iniciativas como a usina de biogás em Entre Rios do Oeste, que transforma resíduos suínos em energia limpa.

Inovações tecnológicas

Programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D): Conforme diretrizes da ANEEL, a Copel investe anualmente uma porcentagem de sua Receita Operacional Líquida em projetos de P&D, buscando soluções inovadoras para o setor elétrico.

Copel Volt: Plataforma que integra novas tecnologias para geração de energia limpa, promovendo parcerias com startups e soluções disruptivas no setor energético.

Redes elétricas inteligentes: A Copel iniciou a instalação de medidores inteligentes em diversos municípios, permitindo monitoramento em tempo real e maior eficiência no fornecimento de energia.

Compromissos e metas

Redução de emissões: A Copel estabeleceu metas de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa, adotando práticas alinhadas aos preceitos do Science Based Targets initiative (SBTi) para alcançar o Net Zero.

Investimentos sustentáveis: A empresa planeja que 25% de seu portfólio seja composto por energias renováveis, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade.

Por meio dessas ações, a Copel reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, integrando inovação tecnológica e responsabilidade socioambiental em suas operações.

Estrutura societária da Copel

Essa estrutura permitiu que a Copel desempenhasse um papel crucial no desenvolvimento energético do estado, beneficiando-se do suporte governamental para expandir suas operações.

Em abril de 1994, a Copel abriu seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), ampliando sua base de acionistas.

Posteriormente, em julho de 1997, tornou-se a primeira empresa do setor elétrico brasileiro a ser listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), aumentando sua visibilidade internacional.

Em junho de 2002, suas ações passaram a ser negociadas também na Latibex, segmento latino-americano da Bolsa de Valores de Madri. Essas iniciativas diversificaram a estrutura acionária da Copel, embora o controle majoritário permanecesse com o governo estadual.

Em 2022, o governo do Paraná anunciou planos para reduzir sua participação acionária na Copel, transformando-a em uma companhia de capital disperso, sem acionista controlador definido.

Essa decisão foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná, permitindo que o governo diminuísse sua participação de 31% para, no mínimo, 15%.

Em agosto de 2023, a Copel realizou uma oferta pública de ações que culminou na privatização da empresa. A operação movimentou R$ 5,2 bilhões, tornando-se a terceira maior oferta do setor elétrico mundial naquele ano.

Com a venda das ações, o governo do Paraná passou a deter aproximadamente 15,65% do capital da Copel e manteve uma ação de classe especial, conhecida como "golden share", que lhe confere poder de veto em decisões estratégicas.

Atualmente, a Copel opera como uma corporação de capital pulverizado, sem acionista controlador, o que lhe proporciona maior flexibilidade administrativa e potencial para atrair investimentos privados.

Essa nova estrutura societária alinha a empresa às práticas de governança corporativa mais modernas, visando aumentar sua eficiência operacional e competitividade no setor elétrico brasileiro.

Principais investimentos e expansão

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem implementado um plano estratégico de investimentos para modernizar e expandir sua infraestrutura elétrica, visando aprimorar a qualidade e a confiabilidade dos serviços prestados.

Investimentos em distribuição de energia

2024: A Copel destinou R$ 2,1 bilhões ao segmento de distribuição, o maior investimento anual da história da empresa.

Os recursos foram aplicados na construção de 18 novas subestações, 12 linhas de distribuição, ampliação e modernização de 80 subestações existentes, além da instalação e substituição de transformadores e redes.

Essas ações integram programas como o Paraná Trifásico e o Rede Elétrica Inteligente, que visam fortalecer a rede elétrica em todas as regiões do estado.

2025: A empresa projeta investir R$ 2,5 bilhões na distribuição de energia, com foco na modernização da infraestrutura e na melhoria da confiabilidade do fornecimento elétrico.

Investimentos em transmissão de energia

Próximos 10 anos: A Copel planeja investir R$ 1,73 bilhão em reforços e melhorias na rede de transmissão ao longo da próxima década, visando aumentar a capacidade e a eficiência do sistema elétrico.

Eficiência operacional

Redução de custos: A empresa estabeleceu uma meta de otimizar em 20% os custos de pessoal, materiais, serviços e outros (PMSO) até 2026.

Essa redução será alcançada por meio de ações como a diminuição do quadro de funcionários e a agregação de contratos, buscando maior eficiência operacional.

Esses investimentos refletem o compromisso da Copel em aprimorar seus serviços e atender à crescente demanda por energia elétrica com qualidade e sustentabilidade.

Copel na Bolsa de Valores (B3)

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é uma empresa de capital aberto com ações negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira, e no mercado internacional.

Na B3, as ações da Copel são negociadas sob os seguintes códigos:

  • CPLE3: Ações ordinárias.
  • CPLE5: Ações preferenciais classe A.
  • CPLE6: Ações preferenciais classe B.

Essas ações são componentes do Índice Bovespa (Ibovespa), o principal indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3.

A Copel também está presente no mercado internacional por meio de American Depositary Receipts (ADRs) listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) sob o código ELP.

Cada ADR representa uma fração das ações preferenciais classe B da empresa, permitindo que investidores estrangeiros negociem os papéis da Copel no mercado norte-americano.

Governança corporativa

A Copel adota práticas de governança corporativa alinhadas aos padrões internacionais, buscando transparência e equidade no relacionamento com seus acionistas.

A empresa realiza divulgações periódicas de seus resultados financeiros e mantém canais de comunicação abertos com investidores, reforçando seu compromisso com a integridade e a responsabilidade corporativa.

Por meio de sua atuação nos mercados de capitais nacional e internacional, a Copel busca fortalecer sua posição financeira, ampliar sua base de investidores e sustentar seu crescimento no setor de energia.

Desafios futuros e perspectivas da Copel

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) enfrenta um cenário em constante transformação no setor elétrico, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças regulatórias e a crescente demanda por energia sustentável.

Com sua longa trajetória de sucesso, a Copel está posicionada para enfrentar esses desafios e aproveitar as oportunidades emergentes.

Transição energética e sustentabilidade

  • Descarbonização: A necessidade global de reduzir as emissões de gases de efeito estufa pressiona as empresas de energia a adotarem fontes renováveis e limpas.

A Copel deve intensificar seus investimentos em energia solar, eólica e outras tecnologias sustentáveis para atender às metas ambientais e às expectativas dos stakeholders.

  • Inovação em armazenamento de energia: O desenvolvimento de baterias e outras formas de armazenamento é crucial para lidar com a intermitência das fontes renováveis.

A Copel pode explorar parcerias e investir em pesquisa para implementar soluções eficientes de armazenamento em larga escala.

Digitalização e tecnologia

  • Redes inteligentes (Smart Grids): A modernização da infraestrutura elétrica com tecnologias digitais permite uma gestão mais eficiente e integrada.

A Copel deve continuar a implementar medidores inteligentes, automação de redes e sistemas de monitoramento em tempo real.

  • Cibersegurança: Com a crescente digitalização, a proteção contra ameaças cibernéticas torna-se essencial.
  • A Copel precisa investir em segurança da informação para proteger seus ativos e garantir a confiabilidade do fornecimento de energia.

Mercado livre de energia e novos modelos de negócio

  • Expansão do mercado livre: A abertura do mercado de energia elétrica no Brasil permite que consumidores escolham seus fornecedores.

A Copel pode aproveitar essa expansão para oferecer soluções personalizadas, agregando valor aos clientes e aumentando sua competitividade.

  • Serviços energéticos integrados: Além da venda de energia, a empresa pode diversificar sua oferta com serviços como eficiência energética, consultoria em sustentabilidade e soluções de geração distribuída.

Regulação e políticas públicas

  • Adaptação às mudanças regulatórias: O setor elétrico está sujeito a alterações regulatórias que podem impactar a operação e a rentabilidade das empresas.

A Copel deve manter um diálogo constante com órgãos reguladores e participar ativamente das discussões sobre políticas energéticas.

  • Incentivos e financiamentos verdes: Aproveitar linhas de crédito e incentivos governamentais para projetos sustentáveis pode reduzir custos e viabilizar investimentos em novas tecnologias.

Perspectivas futuras

A Copel está em uma posição privilegiada para liderar a transformação do setor elétrico no Brasil. Ao alinhar sua estratégia com as tendências globais de sustentabilidade e inovação, a empresa pode não apenas superar os desafios futuros, mas também definir padrões para todo o mercado.

A capacidade de adaptação e a visão de longo prazo serão determinantes para o sucesso contínuo da Copel.

Com investimentos assertivos, foco no cliente e compromisso com a excelência, a empresa tem o potencial de continuar sendo um agente fundamental no desenvolvimento energético do país, contribuindo para uma sociedade mais sustentável e tecnologicamente avançada.

Impacto social da Copel no Paraná e no Brasil

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) não é apenas uma líder em geração e distribuição de energia; seu impacto social ao longo de sua história tem sido significativo, refletindo seu compromisso com o desenvolvimento das comunidades onde atua.

Programas de eletrificação rural

Desde os primeiros anos de sua fundação, a Copel desempenhou um papel essencial na eletrificação rural no Paraná. Iniciativas como o programa "Luz no Campo" levaram energia elétrica a milhares de propriedades agrícolas, transformando a economia rural do estado.

Com acesso à energia, pequenos e médios agricultores conseguiram mecanizar suas produções, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade de vida em áreas remotas.

Educação e capacitação

A Copel tem investido de forma contínua em projetos de educação voltados para a conscientização sobre o uso racional da energia.

A empresa promove campanhas em escolas, universidades e comunidades para ensinar práticas sustentáveis, incentivando o consumo responsável de energia e a preservação do meio ambiente.

Além disso, a companhia realiza programas de capacitação técnica e profissional em parceria com instituições educacionais, preparando jovens e adultos para o mercado de trabalho no setor elétrico e tecnológico.

Inclusão digital

Por meio de sua subsidiária Copel Telecom (atualmente vendida para iniciativas privadas), a empresa contribuiu para a inclusão digital, disponibilizando internet de alta velocidade a comunidades urbanas e rurais.

Esse serviço foi essencial para impulsionar o acesso à informação e a conectividade em diversas regiões do estado.

Sustentabilidade e meio ambiente

A Copel promove programas de reflorestamento, preservação de nascentes e recuperação de áreas degradadas próximas às usinas que opera.

Essas ações refletem o forte compromisso da empresa com ações para conservação ambiental, beneficiando tanto a biodiversidade local quanto as comunidades ao redor.

Responsabilidade social

A empresa também investe em projetos culturais, esportivos e sociais por meio de leis de incentivo e parcerias.

Destacam-se iniciativas como o apoio ao teatro, à música e a programas de esporte para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade.

Resiliência em momentos de crise

Durante períodos de adversidade, como desastres naturais e crises sanitárias, a Copel desempenhou um papel fundamental no fornecimento contínuo de energia, muitas vezes restaurando rapidamente o fornecimento em áreas afetadas.

Em tempos de pandemia, a empresa também tomou medidas para auxiliar comunidades vulneráveis, oferecendo facilidades no pagamento de contas e suporte a hospitais e instituições essenciais.

Conclusão: o papel da Copel no mercado de energia

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) consolidou-se como uma das principais empresas do setor elétrico brasileiro ao longo de seus 70 anos de história.

Desde sua criação em 1954, a empresa desempenhou um papel fundamental na eletrificação do Paraná, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e industrial do estado e do Brasil.

Confira as principais conquistadas da Companhia:

  • Liderança em geração de energia:

Com uma capacidade instalada de mais de 6.500 MW, a Copel é referência em energia limpa e renovável, destacando-se por operar hidrelétricas de grande porte, parques eólicos e iniciativas em biomassa.

  • Expansão em infraestrutura:

Investimentos contínuos em distribuição e transmissão garantem uma rede elétrica confiável, abrangendo 395 municípios do Paraná e expandindo sua atuação para outros estados brasileiros.

  • Governança e sustentabilidade:

Reconhecida por suas práticas de governança corporativa e compromisso com princípios ESG (ambientais, sociais e de governança), a Copel é pioneira na adoção de tecnologias como redes elétricas inteligentes e plataformas de inovação.

  • Presença nos mercados financeiros:

A listagem na B3, NYSE e Latibex solidificou a posição da Copel como uma empresa de capital aberto globalmente reconhecida, atraindo investidores e promovendo transparência.

  • Privatização e modernização:

A privatização em 2023 marcou uma nova fase, permitindo maior agilidade, eficiência operacional e ampliação de investimentos estratégicos.

A Copel é mais do que uma fornecedora de energia; é um vetor de desenvolvimento sustentável e inovação no Brasil.

Seu compromisso com a diversificação da matriz energética, alinhada a energias renováveis, e a modernização de suas operações, fortalece a segurança energética do país.

Além disso, sua atuação no mercado de capitais destaca sua importância como um ativo estratégico para investidores e para o setor elétrico como um todo.

Por meio de sua trajetória de crescimento, a Copel continua a moldar o futuro da energia no Brasil, enfrentando os desafios de um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, enquanto mantém seu compromisso com a sustentabilidade e a excelência no atendimento aos consumidores.

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