Como fazer o dinheiro trabalhar para você?
As commodities agrícolas estão entre os ativos mais relevantes da economia global. E o Brasil, como potência agroexportadora, tem papel central nesse cenário.
Para quem deseja diversificar a carteira de investimentos e aproveitar as oportunidades do agronegócio, entender como funciona o mercado de commodities agrícolas é fundamental.
Neste artigo, você vai descobrir o que são esses ativos, como funciona sua negociação, quais fatores influenciam os preços e, principalmente, como investir de forma estratégica.
As commodities agrícolas são produtos de origem natural, cultivados em larga escala e com baixo nível de industrialização, como soja, milho, café e algodão. Por serem bens padronizados e homogêneos, não apresentam diferenciação relevante entre produtores, o que facilita sua negociação em mercados organizados.
Esses produtos são essenciais para setores como:
A negociação ocorre tanto no mercado físico quanto no mercado futuro, em bolsas como a B3.
Investir em commodities agrícolas pode ser uma estratégia inteligente por diversos motivos. Veja os principais:
Por sinal, é justamente de olho nessas características, que muitos investidores estão alocando recursos no setor agrícola, como estratégia para diversificação da carteira.
O funcionamento do mercado de commodities agrícolas envolve produção, comercialização e negociação em bolsa. Vamos entender cada etapa:
Produção rural
A cadeia começa no campo, dependendo de fatores como clima, tecnologia, crédito rural, fertilidade do solo e políticas públicas.
Comercialização e exportação
Após a colheita ou abate, os produtos são vendidos no mercado interno ou externo. O Brasil é destaque mundial na exportação de soja, milho, café, açúcar e proteínas animais, atendendo mercados como China, Europa e Estados Unidos.
Negociação em bolsas
Grande parte das commodities é negociada por meio de contratos futuros, que permitem:
Os preços variam conforme:
As commodities agrícolas são classificadas conforme sua origem e utilização. Veja as principais categorias:
Saiba mais: O que são commodities: guia completo para investir
O mercado agrícola é dinâmico e sujeito a diversos fatores que afetam diretamente o preço das commodities, dentre os quais, podemos destacar:
Clima e fenômenos naturais: Secas, geadas, excesso de chuvas ou pragas podem prejudicar safras inteiras. Fenômenos como o El Niño ou La Niña têm impacto global sobre a produção.
Câmbio: Como a maior parte das commodities é cotada em dólar, a variação da moeda impacta diretamente os preços. Quando o real se desvaloriza, as exportações se tornam mais competitivas.
Estoques e safra mundial: Relatórios de estoques globais (como os do USDA) influenciam a percepção de escassez ou abundância, impactando diretamente os contratos futuros.
Demanda internacional: Crescimento populacional, mudanças nos hábitos alimentares e industrialização em países emergentes afetam a demanda por alimentos e matérias-primas.
Conflitos e políticas comerciais: Guerras, embargos, tarifas de exportação e acordos comerciais podem distorcer o mercado, afetando oferta e demanda.
Se você deseja investir nesse setor, existem diferentes caminhos, desde o mercado financeiro, a investimentos diretos em empresas do agronegócio. Confira:
1. Contratos futuros
Negociados na B3, os contratos futuros permitem especular sobre a alta ou baixa dos preços, sendo indicados para investidores com perfil arrojado e conhecimento técnico.
Vantagens:
Desvantagens:
2. Fundos de investimento
Existem fundos de investimento que aplicam em commodities ou ativos relacionados ao setor agrícola (fundos de ações agro, fundos multimercado com exposição agrícola).
Vantagens:
Desvantagens:
3. Ações de empresas do agronegócio
Você pode investir em companhias listadas na B3 com forte atuação no setor, dentre elas:
Vantagens:
Desvantagens:
4. ETFs e fundos internacionais
Por fim, existem ETFs internacionais que replicam o desempenho de índices agrícolas.
Apesar de ainda pouco disponíveis no Brasil, esses ETFs também podem ser acessados via corretoras com conta internacional.
O Brasil é uma das maiores potências agrícolas do mundo, sendo referência global na produção e exportação de diversas commodities.
A seguir, você confere as principais commodities agrícolas brasileiras, com destaque para volume de exportação, aplicações e mercados consumidores:
Soja
A soja é a commodity agrícola mais relevante do Brasil e representa a espinha dorsal do agronegócio nacional.
Além do volume, o Brasil se destaca pela tecnologia no campo, logística de exportação e expansão contínua da área plantada.
Milho
O milho é outra commodity estratégica, com grande importância no mercado interno e externo.
Com o avanço tecnológico no campo, o milho brasileiro vem ganhando mais produtividade e espaço no cenário global.
Café
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, sendo referência histórica nesse mercado.
A estabilidade da produção, o clima favorável e os investimentos em qualidade mantêm o Brasil na liderança mundial desse mercado.
Carne bovina
O Brasil também se destaca como o maior exportador de carne bovina do mundo, com uma cadeia produtiva robusta e altamente competitiva.
O setor também tem investido em rastreabilidade e sustentabilidade, fatores cada vez mais exigidos por mercados desenvolvidos.
Açúcar
Açúcar e etanol formam um dos complexos agroindustriais mais importantes do Brasil, com enorme peso nas exportações.
Além disso, o açúcar brasileiro vem conquistando espaço no mercado de açúcares orgânicos e sustentáveis, agregando valor à commodity.
Embora o investimento em commodities agrícolas ofereça grandes oportunidades de retorno, é importante destacar que esse mercado carrega uma série de riscos específicos.
Por sua vez, conhecer tais riscos é essencial para tomar decisões mais conscientes e proteger seu capital.
Volatilidade de preços
Um dos principais riscos é a alta volatilidade. Os preços das commodities agrícolas podem oscilar fortemente em curtos períodos, tanto por fatores sazonais quanto por eventos inesperados.
Essa instabilidade pode ser vantajosa para traders experientes, mas representa risco elevado para investidores iniciantes ou com perfil mais conservador.
Exposição ao clima
A produção agrícola está diretamente ligada às condições climáticas, incluindo fenômenos como:
Esses fatores podem afetar drasticamente o rendimento das lavouras. Isso impacta diretamente a oferta do produto no mercado, gerando flutuações nos preços e prejuízos operacionais para empresas do setor.
Mesmo com uso de tecnologias de previsão e gestão agrícola, o clima ainda é um fator imprevisível que influencia o desempenho dos ativos ligados ao agro.
Risco cambial
Como a maior parte das commodities é negociada em dólar, qualquer variação na cotação da moeda americana pode afetar os resultados dos investimentos.
Quem investe em ações de empresas agrícolas ou em contratos futuros precisa ficar atento à volatilidade do câmbio, especialmente em países como o Brasil, onde o real é uma moeda emergente e sensível a fatores externos.
Intervenção política e regulatória
O setor agrícola é frequentemente impactado por decisões políticas, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Entre os riscos possíveis estão:
Essas medidas podem mudar rapidamente o ambiente de negócios para produtores e exportadores, afetando diretamente o desempenho das empresas e dos fundos que atuam no agro.
Risco operacional e de gestão
Investir diretamente em empresas agrícolas também exige atenção à gestão dos negócios. Uma companhia pode ser impactada por fatores como:
Por isso, ao investir em ações do setor ou fundos agro, é muito importante analisar os indicadores fundamentalistas, histórico de gestão e estratégias de mitigação de riscos adotadas pelas empresas.
Diante dos riscos apresentados, a dúvida que fica é: vale a pena investir nesse setor?
A resposta é: sim, desde que o investimento esteja alinhado ao seu perfil e aos seus objetivos financeiros.
Investir em commodities agrícolas pode ser altamente vantajoso por vários motivos, dentre os quais, podemos destacar:
No entanto, apesar das vantagens, é fundamental considerar alguns pontos antes de investir:
Por isso, antes de investir, estude o mercado, acompanhe relatórios da Conab, USDA, e as cotações em bolsas como CBOT (Chicago Board of Trade) e B3.
Com conhecimento, análise e cautela, as commodities agrícolas podem ser uma peça importante na sua estratégia de diversificação e geração de valor no longo prazo.
Saiba mais: Ações de commodities: entenda o que são e as principais empresas na B3
As commodities agrícolas ocupam um papel central na economia global e representam uma oportunidade relevante para investidores que buscam diversificação, proteção contra a inflação e exposição a um setor essencial e resiliente.
Apesar da volatilidade e dos riscos inerentes, como clima, câmbio e fatores geopolíticos, o agronegócio segue sendo um dos pilares do crescimento econômico, especialmente no Brasil.
Entretanto, investir nesse mercado exige conhecimento, acompanhamento constante de indicadores e escolha criteriosa dos instrumentos financeiros, seja por meio de contratos futuros, fundos, ações ou ETFs.
Quando bem planejada e alinhada ao perfil do investidor, a exposição às commodities agrícolas pode contribuir para equilíbrio da carteira, geração de valor no longo prazo e melhor leitura do cenário macroeconômico.
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