Bolsa de Valores em alta: é a hora certa para investir?

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Publicado em 17/10/2022 às 20:03h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 17/10/2022 às 20:03h Atualizado 3 meses atrás por Redação
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Quando a Bolsa de Valores está em alta, é hora de pegar sua calculadora e começar a fazer as contas. Afinal, sempre que isso acontece, alguns investidores comemoram e outros lamentam. Embora isso gere alguns efeitos positivos - e seja, no geral, considerado algo bom -, é preciso ficar atento para grandes ciclos de alta. Em suma, quando os ativos sobem, é criada riqueza para as pessoas. Um ciclo de alta na bolsa pode favorecer um bom momento econômico no geral, já que esse dinheiro a mais que passa a existir na economia pode ser utilizado para diversas fatores, como consumo e/ou novos investimentos. Por outro lado, quanto mais o ativo sobe, menor se torna o seu potencial de valorização. E é por isso que alguns investidores não gostam de grandes ciclos de alta na bolsa - principalmente aqueles investidores especializados em comprar ativos em momentos de crise, onde os retornos tornam-se maiores. Bolsa de Valores em alta Bolsa de Valores em alta: É a hora certa de investir? – Foto: Freepik[/caption] Dito isto, em algum momento da sua vida, você já deve ter escutado a frase: "é possível ganhar dinheiro na Bolsa de Valores". E isso é um fato! Mas, por onde começar? O Investidor10 vai te ajudar. Primeiro, é preciso saber que não existe uma só forma de conseguir isso:

  • Você pode comprar e vender ações, quando as mesmas estiverem valorizadas. Em suma, é aquela famosa ‘lei da oferta e demanda’, quando um determinado ativo passa a ser mais visado, mais procurado, e vê seu preço aumentar. Quem possui uma dessas ações na carteira, e a comprou por um preço menor, pode lucrar com a diferença;
  • Você também pode vender primeiro os ativos que têm potencial para cair, comprando-os mais baratos no futuro. Na contramão da primeira possibilidade, onde há a valorização das ações, também é possível obter lucro com a desvalorização das mesmas. Utilizando-se de uma estratégia chamada venda a descoberto ou ‘short selling’, que consiste em vender uma ação acreditando que seu valor logo cairá, e recompra-la quando isso acontecer, por um valor mais barato;
  • Além disso, você pode investir em ações e receber seus dividendos. Ou seja, uma parcela dos lucros da empresa. Afinal, os dividendos são distribuídos aos acionistas de acordo com o percentual de participação deles no capital da companhia, com a empresa já pagando os impostos que incidem sobre o lucro, como o Imposto de Renda. Desta forma, o dinheiro que chega na mão dos acionistas já está isento de qualquer tributação;
  • Por último, mas não menos importante, você ainda pode apostar nos juros sobre capital próprio. O que é bem semelhante à opção acima, da distribuição de dividendos, mas com diferença na parte da tributação. Isso porque nesta opção é dever de cada investidor pagar o valor do Importo de Renda referente ao valo recebido, não havendo pagamento antecipado de impostos por parte da empresa.

Então, é hora de investir na Bolsa de Valores?

Como na maioria das vezes, no mercado de renda variável, a resposta é "depende". Se de um lado, investidores mais conservadores podem enxergar a Bolsa de Valores como um lugar perigoso, com maiores chances de perdas do que de ganho; de outro, é preciso analisar que, se a Bolsa não possibilitasse lucro, não existiriam milionários e grandes empresas operando nela. Só que, como quase tudo na vida, é preciso estar preparado, saber dos pontos positivos, negativos e de atenção. Isso porque a Bolsa de Valores é bastante democrática e está acessível para investidores de todos os bolsos, mas em um ambiente onde o valor de uma determinada ação pode subir e descer várias vezes em um dia, só ganha quem sabe interpretar a movimentação do mercado. Em resumo, não depende de sorte, mas sim de estratégia. Mas, se engana quem pensa que exista uma fórmula mágica ou bola de cristal que vá fazer alguém se tornar um grande investidor. A melhor forma é observar o mercado e identificar as tendências que ele apresenta. Sendo possível fazer isso através de dois tipos de análise.

  • Análise técnica: Também chamada de análise gráfica. É uma observação sobre o movimento do preço de uma ação através de um gráfico. É bastante utilizada para investimentos de curtíssimo, curto e médio prazo, para identificar o cenário de maior probabilidade de acontecer com aquela ação nos próximos minutos, horas, dias, semanas ou até meses;
  • Análise fundamentalista: Ao contrário da análise técnica, a fundamentalista foca mais no longo prazo. Ela é uma observação detalhada sobre as perspectivas de valorização de uma ação para os próximos meses e anos. Ela leva em consideração não apenas o preço da ação, mas também a saúde financeira e a governança da empresa.

Seguindo na linha de que apostar na bolsa não é algo simples e fácil, muitos especialistas afirmam - de acordo com uma matéria da CNN Brasil - que não existe uma regra para começar a investir no mercado acionário, mas recomendam aos iniciantes não seguir manada e aproveitar mercado "barato".

“Você nunca vai saber qual o momento de maior baixa e até onde uma alta no mercado vai durar, então o foco deve ser comprar de maneira constante, evoluindo em conhecimento e sempre deixar uma quantia de dinheiro separado para segurança”, disse Roberto Indech, vice-presidente de relações institucionais da Clear Corretora, na ocasião.

Indech também diz que a diversificação da carteira é muito importante para o investidor - até mesmo o que tiver uma alta tolerância a risco. “Deve haver uma diversificação no patrimônio, correr um pouco mais de risco, e isso não significa ter 80% ou 70% da carteira no mercado de ações, mas começar devagar. Ter, no início, de 5% a 20% pode ser um caminho interessante. Diversificação é sempre positivo porque nunca vamos saber o melhor momento para investir na bolsa de valores ou em renda fixa”. Ou seja... mesmo em um momento de alta consistente da Bolsa, é preciso investir com cuidado - além de muito estudo, é claro.