Azzas 2154 (AZZA3) dispara com nova trégua societária e 'cartada' do BTG Pactual

Segundo o O Globo, os acionistas Alexandre Birman e Roberto Jatahy decidiram pactuar uma “pausa temporária” nos desentendimentos.

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Publicado em 12/05/2025 às 17:32h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 12/05/2025 às 17:32h Atualizado 2 minutos atrás por Matheus Silva
No acumulado de 2025, os papéis da varejista já sobem mais de 32% (Imagem: Shutterstock)
No acumulado de 2025, os papéis da varejista já sobem mais de 32% (Imagem: Shutterstock)

🚨 As ações da Azzas 2154 (AZZA3) continuam sua trajetória de recuperação e acumularam nova alta nesta segunda-feira (12), impulsionadas por dois fatores-chave: a reaproximação entre os principais acionistas da companhia e a elevação do preço-alvo pelo BTG Pactual (BPAC11).

Por volta das 16h (horário de Brasília), AZZA3 avançava 2,67%, cotada a R$ 39,21, no Ibovespa.

No acumulado de 2025, os papéis já sobem mais de 32%, revertendo parte das perdas sofridas desde a conclusão da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma.

Trégua societária

Segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, os acionistasAlexandre Birmane Roberto Jatahy, que travavam uma disputa silenciosa sobre o controle da nova empresa, decidiram pactuar uma “pausa temporária” nos desentendimentos.

O movimento teria sido motivado pela queda expressiva no valor de mercado da Azzas nos últimos meses, o que gerou consenso entre as lideranças de que não é o momento para mudanças estruturais.

Em março, a tensão havia escalado a ponto de serem contratados advogados para negociar uma possível saída de Jatahy, mas a companhia negou qualquer plano de cisão formal.

Agora, com a trégua, o mercado vê um ambiente mais favorável para o amadurecimento da integração entre Arezzo e Soma.

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BTG reforça compra e vê espaço para alta

A melhora do ambiente interno também ganhou respaldo do mercado financeiro. Em relatório publicado nesta segunda-feira, o BTG Pactual reafirmou a recomendação de compra para AZZA3 e elevou o preço-alvo das ações de R$ 49 para R$ 51.

Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Pedro Lima e Luis Mollo consideram que, mesmo após a recente valorização, as ações da Azzas oferecem "um ponto de entrada atraente" para investidores de médio e longo prazo.

Além disso, o banco atualizou suas estimativas de resultados para a companhia, após a divulgação do balanço do 1º trimestre de 2025 (1T25), que surpreendeu positivamente:

  • Lucro líquido ajustado: R$ 177,7 milhões (+15% ano a ano)
  • Ebitda ajustado: R$ 427,7 milhões (+23,3% ano a ano)

O BTG destacou a estratégia da companhia focada em disciplina de custos, proteção de margens e otimização de capital, classificando os sinais do 1T25 como "encorajadores".

Com base nos novos números, as projeções do banco são:

  • Lucro líquido em 2025: R$ 811 milhões (+6,3% vs. 2024)
  • Ebitda ajustado em 2025: R$ 2,146 bilhões
  • Lucro líquido em 2026: R$ 1,032 bilhão (+7% vs. 2025)
  • Ebitda ajustado em 2026: R$ 2,5 bilhões]

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Perspectivas para o curto e médio prazo

Apesar das incertezas que normalmente cercam grandes fusões, a estabilização societária e o bom começo de integração operacional tendem a fortalecer a tese de investimento na Azzas 2154.

Além disso, o setor de varejo premium, no qual a Azzas atua, mostra resiliência em meio ao cenário macroeconômico desafiador, impulsionado por um público de maior poder aquisitivo e menos sensível ao crédito caro.

📈 O BTG alerta, contudo, que o fluxo de notícias envolvendo a governança da companhia continuará sendo um fator determinante para o comportamento das ações no curto prazo.