A BPHA3 (Brasil Pharma) era uma empresa brasileira de capital aberto do segmento farmacêutico, fundada em 2009, com sede na cidade de São Paulo.
A empresa não se encontra mais em operação, tendo ido à bancarrota em 2019, deixando a bolsa de valores com os seus papéis valendo 0,62 centavos.
Em seu auge ele chegou a ser a 8º maior rede de farmácias do Brasil, estando presentes em todas as regiões do país, graças a uma proposta agressiva de aquisições.
A Brasil Pharma chegou a ter mais de 10 mil colaboradores e mais de 1000 lojas. Em 2018, no entanto, a rede possuía por volta de 288 lojas, 430 franquias e 4500 funcionários.
Seu dono e controlador era o Banco BTG Pactual, da qual acabou se tornando uma grande credora, sendo totalmente dependente da injeção de capital deste para sobreviver.
Vários fatores contribuíram para a falência da companhia, desde uma má administração, a forte concorrência e até mesmo casos de corrupção envolvendo diretores do banco.
Alguns especialistas apontaram que o principal problema foi a falta de integração e planejamento entre todas as redes compradas.
História.
A história da BPHA3 (Brasil Pharma), começou em 2009, quando o banco BTG resolveu entrar no ramo farmacêutico criando uma empresa para consolidar o mercado.
Fazendo uso do capital financeiro do Banco, a Brasil Pharma iniciou fez muitas aquisições para poder crescer rapidamente, a sua maior parte de líderes regionais.
Em 2010, por exemplo, foram compradas a Rede Nordeste, a Guararapes, havendo também a incorporação da Rosário Distrital e, por fim, da Farmais.
Nos dois anos posteriores houve mais duas aquisições, foram elas a Sant’Anna e a rede Big Ben. Eventualmente, a companhia fez um IPO em 2011 e movimentou 460 milhões.
Apesar desse rápido crescimento inorgânico que fez a rede expandir pelo país inteiro, a tornando a uma das maiores redes de farmácia do país, logo os prejuízos se acumularam.
A partir de 2013 o resultado anual da Brasil Pharma começou a ser negativo, acumulando até o ano de 2017 um prejuízo de mais de 1,5 bilhões de reais.
Para continuar em operação, a companhia tinha de permanecer constantemente em expansão, fazendo constantes injeções de capital que logo eram queimadas.
No ano de 2017, por exemplo, o BTG Pactual investiu mais de 400 milhões de reais na empresa e fez a emissão de 511 milhões em CDB.
Por conta disso, tanto o banco quanto a sua controladora, a PPLA Participations, acabaram se tornando credoras da Brasil Pharma. Todavia, nada disso foi o suficiente.
Vale destacar que em 2013 o valor do papel da companhia havia chegado a incrível cotação de 770 reais. Em 2017 e 2018 o seu valor já havia chegado a menos de 5 reais.
Inclusive, durante esse período a companhia começou a vender as suas redes adquiridas para tentar obter caixa. Por fim, em 2019 a Brasil Pharma entrou com pedido de falência e deixou a bolsa.
Informações Complementares
A empresa BRASIL PHARMA, está listada na B3 com um valor de mercado de R$ 1,13 Bilhão , tendo um patrimônio de R$ -292,29 Milhões.
A empresa está listada na Bolsa de Valores no setor de Saúde e no segmento Medicamentos e Outros Produtos.
Nos últimos 12 meses a empresa teve um faturamento de R$ 8,47 Milhões, que gerou um lucro no valor de R$ 1,18 Bilhão.
Quanto aos seus principais indicadores, a empresa possui um P/L de 0,96, um P/VP de -3,87 e nos últimos 12 meses a empresa não pagou dividendos