Vivara (VIVA3) retoma a confiança do mercado e volta a receber recomendações
A mudança abrupta de CEO em um curto período de dez dias levantou dúvidas sobre a governança da empresa.
📈 A Vivara (VIVA3), uma das principais joalherias do Brasil, passou recentemente por uma fase de incertezas após uma troca repentina de liderança, mas agora parece ter recuperado a confiança de analistas e investidores.
A mudança abrupta de CEO em um curto período de dez dias levantou dúvidas sobre a governança da empresa, resultando em uma queda de cerca de 14% no valor de suas ações.
No entanto, a situação parece estar se estabilizando, e as perspectivas para a companhia voltam a ser positivas.
Após a renúncia de Paulo Kruglensky e a curta passagem de Nelson Kaufman pelo comando, o CFO Otavio Lyra assumiu o cargo de CEO, trazendo um período de maior estabilidade.
Os resultados financeiros do segundo trimestre de 2024 superaram as expectativas do mercado, provocando uma recuperação parcial das ações, que subiram 7% após a divulgação dos dados.
Agora, analistas acreditam que a Vivara está no caminho certo para voltar a crescer.
💲 O Morgan Stanley, um dos principais bancos de investimento do mundo, iniciou cobertura da Vivara com uma recomendação de "overweight", equivalente a compra, prevendo um potencial de valorização de 18% para as ações, com preço-alvo de R$ 32.
A análise considera que a empresa tem um espaço significativo para expansão de margem de EBITDA devido à maturação de novas lojas, otimização de despesas e crescimento da marca Life, uma das bandeiras da Vivara.
Além disso, o banco acredita que a empresa está subvalorizada quando ajustada para o crescimento, destacando-se entre as empresas cobertas pelo retorno sobre ativos operacionais líquidos (RNOA).
O Morgan Stanley prevê que o RNOA da Vivara deve crescer de 22% em 2023 para 25% até 2028.
A marca Life, que atualmente representa apenas 3% do mercado brasileiro, é vista como uma das principais vias de crescimento da Vivara.
Os analistas do Morgan Stanley destacam que a marca possui uma margem bruta mais alta e, à medida que ela ganha maior participação no mix de receitas da empresa, espera-se uma expansão significativa da lucratividade.
A previsão é que a bandeira Life representará 32% da receita da Vivara até 2028, contra 15% em 2023, com margens brutas subindo cumulativamente em 140 pontos-base, alcançando 70,7%.
No entanto, alguns desafios ainda precisam ser enfrentados pela companhia, como a alta média de inventário, que está em cerca de 420 dias — significativamente superior à média do setor de joalherias globais.
A gestão eficaz desse estoque pode ser uma alavanca adicional para o aumento do RNOA.
O banco também projeta dois cenários para a Vivara: um otimista, que inclui crescimento acelerado da marca Life e potencial expansão internacional, e outro mais conservador, que pressupõe dificuldades na ampliação da participação de mercado.
📊 O Bradesco BBI compartilha de uma visão positiva sobre a Vivara, especialmente após um roadshow que reforçou a confiança na remodelação dos negócios da companhia.
O banco espera um crescimento de vendas na faixa de 20% a 25% na base anual para o terceiro trimestre de 2024, mas ressalta que ainda é cedo para avaliar possíveis impactos colaterais das mudanças estruturais na empresa.
A recomendação do Bradesco BBI é de "outperform", com preço-alvo de R$ 33, apontando a Vivara como uma das melhores apostas dentro do segmento de consumo discricionário.
O Itaú BBA e a XP Investimentos também reiteraram recentemente a recomendação de compra para os papéis da Vivara, evidenciando um consenso otimista entre os analistas do mercado financeiro.
A companhia, que já se destaca pelo retorno sobre o investimento, parece estar bem posicionada para capturar novas oportunidades de crescimento e consolidar ainda mais sua posição de liderança no mercado de jóias no Brasil.
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