Uso de armas nucleares volta à pauta na Rússia após ataques ucranianos; entenda
Segundo fontes próximos ao Kremlin, o ataque ucraniano renovou o debate sobre a necessidade de Moscou reafirmar sua soberania militar.

🚨 O recente sucesso da Ucrânia com a chamada "Operação Teia de Aranha", que realizou ataques coordenados em profundidade no território russo, reabriu uma discussão delicada no país: o possível uso de armas nucleares como resposta.
Segundo fontes e analistas próximos ao Kremlin, o ataque renovou o debate nacional sobre a necessidade de Moscou reafirmar sua soberania militar diante de uma escalada que já se arrasta por mais de dois anos.
Desta vez, a discussão não está restrita a ameaças veladas — há quem defenda abertamente a adoção de medidas drásticas.
A doutrina nuclear revisada
A postura russa sobre o emprego de armamento nuclear foi alterada desde o início da guerra na Ucrânia.
Antes restrita a respostas contra ataques nucleares ou ameaças existenciais diretas, a doutrina revisada em 2024 inclui como justificativa ataques conduzidos por países não nucleares apoiados por potências nucleares — uma menção direta ao suporte militar fornecido por Estados Unidos e União Europeia à Ucrânia.
Dentro desse novo cenário, vozes influentes do setor de defesa russo passaram a defender uma reação extrema aos novos ataques ucranianos.
Um dos principais canais militares da Rússia, o “Two Majors”, com mais de um milhão de seguidores no Telegram, publicou que o episódio não apenas fornece um pretexto, mas uma “razão legítima” para um ataque nuclear, sugerindo que o bombardeio seria um alerta definitivo.
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Da internet para a TV estatal
O apelo ao uso de armas nucleares não ficou restrito às redes sociais. Vladmir Solovyov, um dos principais apresentadores da TV estatal russa e aliado próximo do presidente Vladimir Putin, também sugeriu publicamente que os ataques representam motivo suficiente para uma retaliação atômica.
Solovyov, que já havia defendido escaladas nucleares em episódios anteriores, é um porta-voz importante das posições mais agressivas dentro da elite política e militar russa.
Desde 2022, ele é alvo de sanções da União Europeia por apoiar abertamente a invasão da Ucrânia.
Resposta cautelosa do Kremlin
Apesar da pressão crescente, o Kremlin tem mantido um tom cauteloso. Após os ataques — que atingiram áreas sensíveis, incluindo regiões do Ártico e da Sibéria —, a resposta oficial foi discreta: Moscou prometeu uma investigação interna e manteve sua participação em eventos diplomáticos, como uma reunião recente na Turquia.
Esse silêncio, no entanto, não descarta uma retaliação mais severa. Em setembro do ano passado, o próprio Putin declarou que a Rússia poderia considerar o uso de armas nucleares em caso de ataque massivo com mísseis convencionais.
Ainda assim, a vida em Moscou segue quase inalterada. Não há alertas de ataque aéreo ou movimentações emergenciais, e o ministro de Situações de Emergência, Alexander Kurenkov, apenas recomendou à população que “mantenha a calma”.
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Sinais contraditórios
Enquanto os drones ucranianos atingem pontos estratégicos, o Kremlin parece interessado em manter uma imagem de normalidade.
Após o recente ataque à ponte que liga a Crimeia à Rússia continental, Moscou minimizou os danos, e o governo reafirmou a continuidade dos compromissos diplomáticos.
A Rússia também está avançando com uma troca de prisioneiros acordada com a Ucrânia, envolvendo 1.000 combatentes (500 de cada lado), prevista para o fim de semana. Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, confirmou que o acordo foi reafirmado por Moscou.
💣 O ambiente atual é de grande tensão, mas também de incerteza. De um lado, há uma pressão interna crescente para uma resposta que reafirme a força militar da Rússia; de outro, o Kremlin adota cautela, consciente dos riscos catastróficos de uma escalada nuclear.

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