TSE aprova criação de novo partido, e Brasil chega a 30 siglas

Nova legenda, situada à direita, deve lançar candidatos em 2026.

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Publicado em 16/11/2025 às 09:00h - Atualizado 4 horas atrás Publicado em 16/11/2025 às 09:00h Atualizado 4 horas atrás por Wesley Santana
Próximas eleições gerais serão realizadas em 2026 (Imagem: Shutterstock)
Próximas eleições gerais serão realizadas em 2026 (Imagem: Shutterstock)
Na semana passada, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou a criação de um novo partido no país. O Missão será identificado nas urnas pelo número 14 e já pode lançar candidatos nas eleições de 2026.
O novo partido foi criado pelo MBL (Movimento Brasil Livre), grupo que ganhou repercussão nacional em 2014, durante os protestos que se reproduziram por todo o país. Antes, os membros do grupo se filiavam a partidos de direita para se lançar aos cargos políticos, mas agora devem o fazer pelo Missão.
Para conseguir a aprovação, o grupo levantou cerca de 578 mil assinaturas, que é o mínimo exigido para apresentar o pedido junto à Justiça. 
O presidente da sigla é Renan Santos, que tem planos de lançar um candidato à presidência da República no próximo pleito. Arthur do Val, também conhecido como Mamãe Falei, é o nome mais provável para disputar o Planalto pelo novo partido. 
Outros filiados também devem se postular às vagas de governadores, deputados e senadores em diversos estados. 
“Bombeiro Rafael Luz para governador do Rio de Janeiro, Evandro Augusto para Rio Grande do Sul, Marcelo Brigadeiro para Santa Catarina e Luiz França para Paraná são alguns nomes para as eleições de 2026”, afirmou o presidente do partido, Renan Santos, em entrevista ao Poder360.
Com a nova sigla, o Brasil agora ostenta 30 partidos, de diferentes alas ideológicas. A última homologação havia sido realizada em 2019, quando o TSE permitiu a criação do Unidade Popular, de esquerda.
Os especialistas divergem sobre os benefícios desta quantidade de partidos, considerando que implica no aumento dos gastos públicos. No entanto, muitos entendem que essa é uma maneira de ampliar a representatividade política dando voz às diferentes visões de mundo que existem no Brasil. 
“Por um lado, a existência de 30 partidos demonstra a vitalidade e a contemplação de uma diversidade ideológica. Por outro lado, a fragmentação e a dificuldade de formar uma coalizão que permita governar junto com o Executivo”, destaca o cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando.