Trump pressiona Congresso para evitar calote e anuncia investimento de US$ 20 bi

Além dos investimentos, Trump abordou um tema que está no centro das atenções em Washington: o teto da dívida dos EUA.

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Publicado em 07/01/2025 às 18:04h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 07/01/2025 às 18:04h Atualizado 10 horas atrás por Matheus Rodrigues
O investimento de US$ 20 bilhões será destinado à construção de data centers (Imagem: Shutterstock)
O investimento de US$ 20 bilhões será destinado à construção de data centers (Imagem: Shutterstock)

🚨 O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, movimentou o cenário econômico e político nesta terça-feira (7) com dois anúncios de peso.

Em uma coletiva de imprensa em Palm Beach, Flórida, Trump revelou um investimento massivo de 20 bilhões de dólares destinado à construção de data centers no país.

O aporte será liderado pelo bilionário dos Emirados Árabes Unidos Hussain Sajwani, chairman da DAMAC Properties.

Investimento em tecnologia

Trump destacou Sajwani como “um dos líderes empresariais mais respeitados do Oriente Médio e do mundo”, marcando o início de uma parceria estratégica que promete alavancar o setor tecnológico dos EUA.

A construção de data centers é uma resposta à crescente demanda de tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA), como o ChatGPT da OpenAI e o Google Gemini.

Essas aplicações exigem infraestrutura robusta, o que impulsiona gigantes como Microsoft (MSFT34) a investir pesado no setor – a empresa já anunciou um gasto de 80 bilhões de dólares neste ano fiscal.

Segundo a McKinsey, os gastos globais com infraestrutura de data centers devem ultrapassar 250 bilhões de dólares até 2030, colocando os Estados Unidos em uma posição privilegiada para liderar a corrida tecnológica.

Este movimento não apenas reforça a soberania tecnológica dos EUA, mas também gera milhares de empregos em tecnologia, engenharia e construção.

A corrida para evitar um calote histórico

Além das notícias sobre tecnologia, Trump abordou um tema que está no centro das atenções em Washington: o teto da dívida dos EUA.

Ele pressionou o Congresso a agir rapidamente para aumentar o limite atual de 36 trilhões de dólares, destacando os riscos de um calote caso o impasse não seja resolvido.

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"Eu simplesmente não quero ver um calote. Isso é tudo o que eu quero", afirmou Trump durante a coletiva.

O Departamento do Tesouro vem utilizando medidas extraordinárias para manter as contas em dia, mas especialistas alertam que uma solução legislativa será necessária nos próximos meses para evitar um colapso financeiro.

Tensões políticas e desdobramentos no Congresso

O debate sobre o teto da dívida está diretamente ligado à estratégia legislativa dos republicanos.

Trump sugeriu que dividir as propostas em dois projetos de lei poderia facilitar a aprovação no Congresso.

Um dos textos incluiria medidas para aumentar a segurança nas fronteiras, estender os cortes de impostos de 2017 e ampliar a produção de combustíveis fósseis.

Steve Scalise, o segundo republicano na hierarquia da Câmara, confirmou que o partido trabalha em um plano para usar a reconciliação – um procedimento legislativo que contorna a oposição democrata no Senado – e acelerar as propostas.

Apesar disso, a pressão de Trump por uma resolução imediata pode desencadear novos embates no cenário político.

Impactos para a economia e os mercados financeiros

📊 Os dois anúncios de Trump refletem desafios e oportunidades significativos para a economia dos EUA.

Enquanto o investimento em data centers reforça a competitividade do país na corrida tecnológica global, o impasse sobre o teto da dívida traz incertezas para os mercados financeiros.

Qualquer sinal de calote pode desestabilizar os mercados, afetar a classificação de crédito do país e criar volatilidade global.