Servidores do Banco Central entrarão em greve de 48 horas

De acordo com o BC, as manifestações não atrapalham o funcionamento do sistema para a população

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Publicado em 11/02/2024 às 12:07h - Atualizado 5 meses atrás Publicado em 11/02/2024 às 12:07h Atualizado 5 meses atrás por Jennifer Neves
Banco Central do Brasil - Shutterstock
Banco Central do Brasil - Shutterstock

🏦 O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) afirmou que os funcionários públicos da entidade recusaram a contraproposta do governo sobre os reajustes salariais, na última sexta-feira (9). Acontecerá uma greve de 48 horas nos dias 20 e 21 de fevereiro.

O sindicato anunciou que a maioria dos funcionários não concordam com o aumento de 13% dos salários parcelados entre 2025 e 2026. Em assembleia, a proposta foi rejeitada por 97% dos colaboradores.

A negociação sugerida pelo MGISP (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) não atende às principais reivindicações da categoria, segundo o Sinal. Entre elas, a exigência de nível superior ao cargo de técnico, criação de uma retribuição por produtividade institucional e mudança de nome do cargo de analista para auditor.

“As entregas envolvem servidores que ocupam posições em todos os níveis hierárquicos, inclusive chefia estratégica e envolvidos em projetos e processos críticos, como o Pix, o Sistema de Transferência de Reservas (STR), desenvolvimentos de sistemas de TI, autorização de funcionamento de instituições, fiscalização, supervisão direta de prevenção à lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo”, detalha documento assinado pelo Sinal; ANBCB  (Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil) e SinTBacen (Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central). 

A autoridade monetária disse em nota que reconhece o direito dos servidores de promoverem as manifestações organizadas. “O movimento não tem afetado o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas”, diz o BC.