Seguindo MicroStrategy, empresas investem em Bitcoin (BTC) para aumentar preço das ações
Operação tem suas vantagens, mas volatilidade é risco para caixa

Na saída da pandemia, a MicroStrategy resolveu apostar no Bitcoin (BTC) como reserva de valor. A estratégia deu certo, e o caixa da companhia saltou, acompanhando a evolução do preço da principal criptomoeda do mercado.
💰 A empresa já é considerada um case de sucesso neste modelo, já que sua capitalização alcançou a marca de US$ 87 bilhões. Deste montante, pelo menos US$ 46 milhões está amparada na principal cripto do mercado.
Agora, muitas outras empresas listadas em bolsas de valores estão seguindo o mesmo caminho. De acordo com dados da Coinkite, uma empresa de segurança criptográfica, 78 empresas ao redor do mundo já têm Bitcoin no caixa.
“O sucesso gera imitadores”, afirmou Mark Palmer, analista sênior do banco de investimentos Benchmark Company, em entrevista ao Financial Times. “Empresas que viram suas ações lutarem, muitas vezes porque seus modelos de negócios não são atrativos para os investidores, optaram por seguir a liderança da MicroStrategy”, comentou.
De acordo com a reportagem, um dos exemplos desta estratégia é a KULR Technology, uma empresa que gerencia energia térmica e forcene e para NASA. No último mês de dezembro, o CEO da companhia disse que faria a mesma coisa e, desde então, já adquiriu 510 unidades, o que representa quase US$ 51 milhões.
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“É definitivamente uma inspiração de Michael Saylor”, disse Michael Mo, diretor executivo da KULR. “Eu tive uma conversa com meu conselho e nós pulamos na estratégia de reserva de tesouraria de bitcoin em paralelo com nosso negócio operacional“, completou.
Há também o caso da japonesa Metaplanet, hoje apelidado de MicroStrategy da Ásia por ter incluído mais de 1.700 unidades em seu caixa. Com esse feito, a companhia conseguiu aumentar em mais de 2.000% o preço de suas ações.
Apesar disso, essas empresas sabem que o Bitcoin é um ativo inseguro, portanto, dependem que ele mantenha ou suba seu valor de mercado para que tenham sucesso na operação. Obviamente, por ser um ativo de renda variável, não há certeza sobre o futuro de decisões tão pontuais como essa.
”É definitivamente um ativo volátil”, destacou Mo, da KULR. “É muito mais seguro manter o caixa em títulos do Tesouro dos Estados Unidos, mas, considerando que a empresa não está fazendo dívidas para comprar Bitcoin, acho que estamos estruturando nossa estratégia de forma que possamos suportar essa volatilidade”, concluiu ele, ainda ao FT.
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