Rússia proíbe movimento LGBT, chamando-o de extremista

Ativistas LGBT podem ser presos, após decisão do Supremo Tribunal da Rússia

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Publicado em 04/12/2023 às 18:01h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 04/12/2023 às 18:01h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Protesto LGBT na Rússia (Shutterstock)
Protesto LGBT na Rússia (Shutterstock)

O Supremo Tribunal da Rússia decidiu enquadrar grupos de ativismo LGBT na mesma categoria de organizações extremistas, proibindo suas atividades no país. A decisão coloca membros de organizações LGBT em risco de prisão.

O banimento do ativismo LGBT foi determinado em uma sessão a portas fechadas do Supremo Tribunal, na quinta-feira (30). A decisão veio depois que o Ministério da Justiça acusou o movimento LGBT de incitar a discórdia social e religiosa.

Segundo a Human Rights Watch, a legislação penal russa estabelece uma pena de até 12 anos de prisão para aqueles que participam ou financiam organizações extremistas. A exibição de símbolos relacionados a esses grupos também é passível de punição. Neste caso, a detenção é de 15 dias na primeira pena e de quatro anos caso a situação se repita.

🌈 Canais de informação russos também reportaram nas redes sociais que policiais invadiram clubes gays de Moscou na sexta-feira (1º), no dia seguinte à decisão da Suprema Corte. Eles teriam checado e fotografado o passaporte de alguns dos presentes nos clubes.

Rússia retira direitos LGBT

Além de banir o movimento LGBT, a Rússia tem reduzido os direitos da comunidade gay nos últimos anos. O país proibiu casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2021; proibiu a "propaganda gay, isto é, qualquer ato que seja entendido como uma promoção à homossexualidade, em 2022; e proibiu os cuidados de saúde necessários para pessoas trans em 2023, por exemplo.