Renda fixa: Debêntures incentivadas devem se livrar de taxação proposta pelo governo
Debêntures devem ser retiradas da MP que acaba com a isenção dos títulos de renda fixa, segundo o relator.

As debêntures incentivadas devem se livrar da taxação de 5% proposta pelo governo federal. Ao menos, foi o que indicou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
🧾 Zarattini é o relator da MP (Medida Provisória) que prevê o fim dos títulos de renda fixa isentos de IR (Imposto de Renda) e prometeu fazer ajustes ao texto.
Além de acender um alerta entre os investidores que veem a isenção do IR como um grande incentivo, a MP despertou preocupação nos setores de infraestrutura e agronegócio.
O temor é de que a taxação afete o apetite por esses títulos e, assim, reduza o volume de recursos disponíveis para investimentos nesses setores.
Afinal, as debêntures incentivadas permitem às empresas captar recursos para projetos de infraestrutura, como a construção de rodovias, portos, aeroportos e usinas de energia. Da mesma forma, os títulos ligados ao agronegócio permite que os produtores financiem suas atividades.
🖊️ Diante disso, Zarattini decidiu manter a isenção das debêntures incentivadas e busca um acordo com o agronegócio, o que pode impactar a tributação de títulos como LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).
Zarattini confirmou a retirada das debêntures incentivadas do escopo da MP em entrevistas ao "Valor Econômico" e a "O Globo" nesta semana. "Esse ponto está fechado", afirmou.
Já a taxação dos títulos ligados ao agronegócio deve ser definida nos próximos dias.
Zarattini pretende apresentar o seu parecer no próximo dia 16 de setembro. O texto será analisado por uma comissão mista. Se aprovado, segue para análise do plenário da Câmara e do Senado.
O Congresso tem até 8 de outubro para decidir sobre o assunto. Caso contrário, a MP perde a validade.
MP 1.303
💲 A medida provisória que prevê o fim da isenção dos títulos de renda fixa foi apresentada pelo governo federal em junho, em meio ao impasse sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Segundo o Executivo, o objetivo é compensar a perda de arrecadação proveniente da derrubada de alguns pontos do decreto do IOF e também corrigir distorções no mercado de crédito.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alega que a isenção permite que algumas empresas obtenham um "crédito mais barato que o Tesouro Nacional", o que geraria uma distorção.
Ele garante, por sua vez, que a taxação não vai inibir investimentos, dizendo que os títulos "vão deixar de ser isentos, mas continuarão bastante incentivados".
A MP propõe que os seguintes títulos de renda fixa sejam taxados em 5% a partir de 2026:
- LCIs(Letras de Crédito Imobiliário);
- LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio);
- LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas);
- CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários);
- CRAs(Certificados de Recebíveis do Agronegócio);
- CPRs(Cédulas de Produto Rural);
- LCDs(Letras de Crédito do Desenvolvimento);
- Debêntures incentivadas, que devem ser retiradas do texto pelo relator.
Além disso, o texto estabelece uma alíquota única de 17,5% de IR para as demais aplicações financeiras.
A MP acaba, portanto, com a atual tabela regressiva de IR, que começa em 22,5% e termina em 15%, dependendo do tempo do investimento.
O texto também eleva de 15% para 20% a alíquota de IR que incide sobre o pagamento de JCP (Juros sobre o Capital Próprio) e aumenta os impostos pagos por bets e fintechs.

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