Remédios ficam até 5% mais caros a partir da próxima semana
Reajuste médio, contudo, pode ficar abaixo da inflação, pressionando empresas como RD Saúde e Pague Menos.

Os remédios vendidos no Brasil devem ficar até 5,06% mais caros a partir da próxima semana, calcula o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).
💊 Os medicamentos são reajustados uma vez por ano no Brasil, de acordo com a variação da inflação, os custos de produção e o nível de concorrência de cada segmento farmacêutico.
O índice de reajuste é definido pela Cmed (Câmara de Regulação de Medicamentos), um órgão do governo federal, e geralmente entra em vigor no início de abril.
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A Cmed deve confirmar os detalhes do reajuste nos próximos dias. Contudo, a indústria farmacêutica já estima o tamanho do aumento.
💲 Pelos cálculos do Sindusfarma, o reajuste será de até 5,06% e deve entrar em vigor já na próxima segunda-feira (31).
O teto de 5,06% corresponde à inflação acumulada nos 12 meses encerrados em fevereiro e deve ser aplicado aos medicamentos em que há mais concorrência de mercado.
Já os remédios com média concorrência devem ser reajustados em até 3,83% e os que contam com baixa concorrência devem ficar no máximo 2,60% mais caros, de acordo com projeções realizadas pelo Sindusfarma com base nos métodos de cálculo da Cmed.
Menor reajuste médio dos últimos 7 anos
Dessa forma, o reajuste médio dos medicamentos deve ficar em 3,48% em 2025. Se confirmado, o reajuste médio não só ficará abaixo da inflação, como será o menor dos últimos 7 anos.
Veja quanto os remédios subiram, em média, nos últimos anos:
- 2018: 2,84%;
- 2019: 4,83%;
- 2020: 5,21%;
- 2021: 10,08%;
- 2022: 10,89%;
- 2023: 5,60%;
- 2024: 4,50%.
Impacto nas empresas
Na avaliação do presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, esse índice de reajuste "pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em P&D (pesquisa e desenvolvimento) de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas".
💲 No início do ano, o Itaú BBA também havia alertado que um eventual reajuste inferior à inflação poderia prejudicar a capacidade das companhias farmacêuticas de entregar alavancagem operacional, particularmente no segundo semestre deste ano, devido à expectativa de que a inflação acelere ao longo do ano.
O alerta do Itaú BB pressionou ações de redes farmacêuticas, como RD Saúde (RADL3) e Pague Menos (PGMN3), à época.

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