Real é a 7ª moeda que mais se desvalorizou em 2024, veja ranking
O real já perdeu 9,5% para o dólar neste ano. Por isso, a moeda americana já supera os R$ 5,35.
O Brasil é um dos países que mais sofreram com a alta do dólar em 2024. É que o real já perdeu 9,5% para a moeda americana neste ano. É a 7ª maior desvalorização do mundo.
💵 De acordo com levantamento do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o real só não sofreu mais do que as moedas de quatro países africanos, o peso argentino e o iene japonês neste ano.
O levantamento considera a valorização do dólar até o fechamento de terça-feira (11), quando o dólar terminou o dia negociado a R$ 5,36 no Brasil. É o maior valor desde janeiro de 2023. Isto é, desde o início deste governo Lula.
Veja as 15 moedas que mais se desvalorizaram frente ao dólar em 2024, segundo a Austing Rating:
- Naira (Nigéria): -42,8%;
- Libra (Egito): -35,0%;
- Libra Sul-Suldanesa (Sudão do Sul): -29,9%;
- Cedi (Gana): -20,1%;
- Peso argentino (Argentina): -10,5%;
- Iene (Japão): -10,1%;
- Real (Brasil): -9,5%;
- Lira turca (Turquia): -8,7%;
- Peso mexicano (México): -8,1%;
- Franco suíço (Suíça): -6,8%;
- Taka (Bangladesh): -6,8%;
- Baht (Tailândia): -6,6%;
- Lari (Geórgia): -6,2%;
- Hryvnia (Ucrânia): -6,1%;
- Forint (Hungria): -6,1%;
- Won (Coreia do Sul: -5,7%.
O levantamento da Austin Rating considerou a valorização do dólar frente a 118 moedas diferentes. Dessas, 81 moedas se desvalorização frente ao dólar em 2024, até 11 de junho. Outras 21 estão no zero a zero. Ou seja, apenas 16 moedas conseguiram se valorizar frente ao dólar neste ano.
O destaque positivo é do xelim, da Quênia, que subiu 21,2% no ano. A alta reflete, entre outras coisas, a tentativa do presidente da Quênia, William Ruto, de substituir o dólar por moedas locais, como o xelim, nas transações realizadas na África.
Leia também: Veja as 10 ações mais negociadas do ano nos Estados Unidos
O que explica a alta do dólar?
O dólar tem se valorizado em todo o mundo diante das dúvidas sobre os juros americanos.
💲 Com a resiliência da inflação e da economia americana, a tendência é que os juros americanos ficarão altos por algum tempo. Esse movimento favorece o dólar já que eleva a rentabilidade dos Treasuries, levando investidores de todo o mundo a apostar nos títulos americanos.
A escalada de conflitos geopolíticos também leva muitos investidores a buscar proteção do dólar. Mas a alta acaba sendo maior em países que contam com problemas domésticos adicionais, como o Brasil.
No Brasil, a percepção de risco fiscal aumentou ao longo de 2024. Afinal, o governo adiou as projeções de superávit primário e precisou aumentar os gastos para fazer frente à tragédia no Rio Grande do Sul. O problema tende a despertar cautela nos investidores e, por isso, afeta os negócios. Por isso, enquanto o dólar subiu quase 10%, o Ibovespa já perdeu 9% em 2024.
Ações da Tesla (TSLA34) disparam após polêmica envolvendo Musk
No entanto, o dólar recuava 0,12% a R$ 5,05.
Fitch reafirma rating de boa pagadora para empresa do agronegócio
Fabricante de massas e biscoitos brasileira recebe nota de crédito 'AAA'
Mercado reage e dólar cai abaixo de R$ 5,60
No âmbito nacional, os mercados aguardam a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
Eletrobras (ELET3) emite títulos de renda fixa em dólar
Companhia elétrica levanta US$ 750 milhões com investidores
ETF SOXX tomba 12% em 5 dias; hora de comprar ou correr dos semicondutores?
Ações de fabricantes de chips usados na inteligência artificial entram em correção
O que esperar do dólar hoje? BC faz 1ª intervenção no câmbio desde 2022
A intervenção do Banco Central ocorre após quatro sessões consecutivas de alta do dólar.
Ibovespa abre em leve alta com Weg (WEGE3) liderando perdas
Hoje, o mercado repercute a indicação do Fed sobre os juros e aguarda o balanço financeiro da Apple (AAPL34).
Dólar recua mais de 1%, veja o que aconteceu
O Ibovespa voltou aos 136 mil pontos logo após as falas de Powell, nos EUA.