Próximo Papa tem um desafio econômico pela frente; entenda
Déficit nas contas pública era de 83 milhões de euros, equivalente a R$ 535 milhões

Nas próximas semanas, o mundo deve assistir de perto a eleição do próximo líder da Igreja Católica. O conclave, reunião dos cardeais, está marcado para começar no dia 7 de maio, quando eles devem decidir quem ocupará o lugar do Papa Francisco, morto há pouco mais de uma semana.
💰 Além de ter o papel de liderar uma das religiões mais importantes do mundo, o próximo pontífice também será chefe de Estado do Vaticano. Esse é um país situado dentro dos limites da Itália, mas que é totalmente independente, seja no campo político quanto no econômico.
E é justamente para este último que o próximo Papa tem um grande desafio nas mãos, um problema que preocupa quase todos os chefes de Estados da atualidade. Com a queda da arrecadação da Igreja, é uma urgência colocar as contas em dia e fazer uma reforma econômica no Vaticano.
Segundo a Agência Reuters, as contas do país católico carregam um déficit de 83 milhões de euros. Se considerado o fundo de pensão, essa conta fica ainda mais salgada, de 631 milhões só em 2022.
O problema é tamanho que muitos acreditam que a situação econômica do Vaticano deve ser um dos pontos a serem considerados pelos cardeais na escolha do próximo Papa. “Eles terão que eleger alguém que seja um arrecadador de fundos, e não um pastor”, comentou o reverendo Thomas Resse à reportagem.
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Muito desse déficit está ligado ao declínio da Igreja Católica ao redor do mundo, pois tem perdido um número importante de fiéis ou crescido de forma lenta. Uma reportagem da Folha de São Paulo mostra que a hegemonia desta religião deve acabar já na próxima década, com o protestantismo assumindo o destaque ao redor do Brasil.
Na Europa, berço do catolicismo, a situação não é muito diferente, conforme dados oficiais, embora o número de praticantes tenha crescido ligeiramente, a ordenação de novos padres não. No ano passado, na Alemanha, foram consagrados apenas 29 novos sacerdotes, um número bem abaixo da linha histórica.
Os principais ingressos do Vaticano hoje são os imóveis e os museus que recebem milhões de turistas todos os anos. A Santa Sé conta ainda com ofertas enviadas pelas divisões da Igreja em outros países, além do Óbolo de São Pedro, que é uma modalidade de doação feita diretamente pelos fiéis ao Papa.
O relatório de 2023, último ano publicado, aponta que as receitas do país atingiram 48,4 milhões, com um crescimento de 11% em relação aos 43,5 milhões arrecadados em 2022. Por isso, mesmo Francisco já trazia um lema durante o fim de seu mandato: austeridade.
Em um de seus discursos, o então Papa destacou que a igreja deveria “trabalhar na busca de recursos externos para sua missão, colocando-se como um exemplo de gestão transparente e responsável a serviço da Igreja”.
Ele ainda orientou que os cardeais, responsáveis pela igreja em outros países, atuassem no mesmo sentido. "Em termos de redução de custos, devemos dar um exemplo concreto para que nosso serviço seja realizado em espírito de essencialidade, evitando o supérfluo e escolhendo bem nossas prioridades, promovendo a colaboração mútua e as sinergias", ponderou.
O Vaticano é o menor país do mundo, com uma população total que não ultrapassa a casa de 1 mil pessoas. A área total do Estado é de 0,49 km quadrados e a moeda oficial é o euro.

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