Projeto de criptomoedas dá R$ 300 para brasileiros que escanearem a íris
Criado por Sam Altman, o mesmo do ChatGPT, o projeto Worldcoin desembarcou de vez no Brasil depois de passar por outros países. Na última terça-feira (12), a empresa anunciou a chegada dos seus equipamentos para escanear a íris dos olhos na cidade de São Paulo.
A ideia do projeto é criar uma verificação única de identidade, capaz de ser usada para acessar contas e perfis ao redor do mundo. Essa validação será feita por leitura do globo ocular, em algo que pode ser bastante futurista para algumas pessoas.
💰 Para incentivar os brasileiros a adotarem a tecnologia, a World está ofertando 53 Worldcoins (WLD), a criptomoeda oficial deste ecossistema. Os tokens podem são resgatadas em uma plataforma da empresa, mas depois transferidos para corretoras de criptomoedas e convertidos em dinheiro.
Inicialmente, são liberadas 25 unidades, que, na cotação atual, são equivalentes a R$ 320. O restante fica disponível ao longo de doze meses, conforme cronograma divulgado pela empresa, o que, no total, pode chegar a R$ 680.
"Da primeira vez que estivemos no Brasil, foi apenas um teste, um piloto, não um lançamento oficial. O lançamento de verdade acontece agora. Esse piloto foi realizado em diversos países ao redor do mundo justamente para entender e testar os mercados antes de realizar o lançamento oficial", disse Rodrigo Tozzi, gerente de operações.
A chegada ao Brasil faz parte de um projeto de expansão das atividades da empresa para outros países da América Latina. Só na Argentina, a empresa afirma ter escaneado a íris de mais de 2,2 milhões de pessoas.
Em São Paulo, os leitores de globo ócular -chamados de Orb- estão disponíveis em 10 diferentes pontos da cidade. A consulta pode ser feito no site oficial da campanha.
👀 Leia mais: Worldcoin: conheça a criptomoeda criada por Sam Altman, do ChatGPT
Proibições
Embora a oferta seja bastante tentadora, diversos países proibiram o cadastramento do globo ocular por parte da Worldcoin, alguns até suspendendo a operação da empresa. Os governos alegam falta de transparência sobre o uso dos dados dos consumidores registrados na plataforma.
Um dos últimos países a tomar essa decisão foi a Espanha, em março, quando a AEPD emitiu uma ordem contra a empresa. Parte dos consumidores cadastrados disseram que não sabiam o que a empresa faria com os dados e que tinham dificuldades em excluir as informações da base de dados.
“A agência entende que a adoção de medidas urgentes de proibição temporária das atividades da Worldcoin é justificada para evitar danos possivelmente irreparáveis e não fazer nada privaria as pessoas da proteção a que têm direito segundo o RGPD”, disse a entidade.
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