Prestes a deixar o cargo, Campos Neto defende antecipação da transição no BC

Mandato no Banco Central termina em dezembro deste ano

Author
Publicado em 03/04/2024 às 14:09h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 03/04/2024 às 14:09h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Roberto Campos Neto foi empossado no BC em 2019. Foto: Arquivo pessoal
Roberto Campos Neto foi empossado no BC em 2019. Foto: Arquivo pessoal

🏦 Em evento do Bradesco BBI, nesta quarta-feira (3), Roberto Campos defendeu a antecipação da transição da presidência do Banco Central.

Segundo ele, é melhor que o próximo presidente da autarquia passe pelo rito de aprovação antes do recesso do Congresso. "Seria bom fazer a sabatina este ano. Se um diretor for presidente interino, ele tem que passar por sabatina também" afirmou.

📈 Leia também: Banco do Brasil (BBAS3) pode disparar 50%, aponta Santander

O mercado acredita que o próximo presidente do BC seja Gabriel Galípolo, indicado pelo governo federal para o cargo de diretor de política monetária. Neste caso, Campos Neto disse que quer fazer uma transição mais suave possível.

"Essa coisa de você mudar de um governo para outro, onde o governo que entra fala mal do outro e a gente tem uma transição que não é civilizada, é muito ruim. Sempre digo que prefiro discutir ideias. Então, nesse sentido, vou fazer a transição mais suave possível", pontuou o atual presidente do BC, que tem mandato até dezembro deste ano.

Planos futuro

🔎 Conforme adiantado pelo Investidor10, Roberto já está pensando na sua vida depois do Banco Central. Fontes indicaram que o executivo deve abrir uma fintech em Miami, nos Estados Unidos, onde vive parte de sua família.

Com o crédito do lançamento do Pix e outras modernizações do órgão monetário na bagagem, dificilmente Campos Neto terá dificuldade de levantar recursos, por exemplo. No entanto, conforme regra da lei de autonomia do BC, ele tem de ficar ao mesmo 6 meses de quarentena depois de deixar o cargo.

Roberto Campos Neto é formado em Economia pela Universidade da Califórnia, onde também fez mestrado no assunto. Já Gabriel Galípolo, cotado para a sua cadeira, fez graduação e mestrado em Economia pela PUC de São Paulo, além de ter sido professor universitário na mesma faculdade e secretário executivo do Ministério da Fazenda na gestão Haddad.