Poupança tem saque líquido de R$ 15,4 bi e registra menor retirada em 4 anos
O resultado contrasta com o cenário de anos anteriores, em que o fluxo de saques superava os depósitos de forma mais acentuada.
💲 A caderneta de poupança, tradicional investimento dos brasileiros, registrou em 2024 um saque líquido de R$ 15,467 bilhões, o menor volume de retirada dos últimos quatro anos, conforme dados divulgados pelo Banco Central.
O resultado contrasta com o cenário de anos anteriores, em que o fluxo de saques superava os depósitos de forma mais acentuada.
A última vez que a poupança teve um saldo positivo foi em 2020, auge da pandemia de Covid-19, quando incertezas econômicas impulsionaram depósitos e geraram um saldo líquido de R$ 166,310 bilhões.
Desde então, a caderneta vinha enfrentando uma trajetória de resgates superiores aos aportes.
No entanto, 2024 trouxe números que indicam maior estabilidade: os poupadores depositaram R$ 4,197 trilhões ao longo do ano, enquanto os saques totalizaram R$ 4,213 trilhões.
Apenas em dezembro, mês sazonalmente forte para depósitos, o saldo líquido foi de R$ 4,960 bilhões, resultado que contribuiu para um saldo final de R$ 1,032 trilhão — o maior valor desde 2020.
O rendimento da poupança também somou R$ 64,284 bilhões em 2024, evidenciando que, mesmo em um cenário de juros elevados, o investimento ainda mantém relevância, principalmente entre investidores mais conservadores ou com objetivos de curto prazo.
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O que explica a recuperação?
Especialistas sugerem que o comportamento mais comedido dos saques pode estar relacionado à percepção de menor instabilidade econômica, aliada a estratégias de planejamento financeiro mais cautelosas.
Além disso, o maior saldo desde 2020 reforça a ideia de que, apesar da competição com outras opções de renda fixa, a caderneta ainda é um porto seguro para milhões de brasileiros.
Embora o resultado positivo de dezembro seja um alívio para o desempenho anual, é necessário observar se essa recuperação será sustentada em 2025, principalmente considerando o impacto de novas políticas monetárias e a atratividade de alternativas como CDBs e Tesouro Direto, que oferecem retornos mais competitivos.
O fato é que, mesmo com rendimentos menores frente a outras aplicações, a poupança segue desempenhando um papel importante no comportamento financeiro do brasileiro, servindo como reserva de emergência ou opção de liquidez imediata.
💰 A volta do saldo acima de R$ 1 trilhão marca um ponto de inflexão: será que estamos vendo o início de uma nova fase para a poupança, ou trata-se de um reflexo temporário das condições econômicas do último ano?
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