Por telegrama: GM (GMCO34) demite dezenas de funcionários em SP

Sindicato fala em 50 funcionários, mas empresa não confirma número

Publicado em 03/05/2024 às 17:40h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 03/05/2024 às 17:40h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana

🚗 A General Motors (GMCO34) demitiu, nesta sexta-feira (5), dezenas de funcionários por telegrama.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, cerca de 50 funcionários teriam sido impactados pela decisão, embora a empresa não divulgue o número. Os trabalhadores dispensados estavam de licença remunerada.

“Considerando o final da sua licença remunerada em 03/05/2024 [nesta sexta-feira, portanto], conforme previsto no acordo coletivo firmado no segundo semestre de 2023, solicitamos o seu comparecimento no endereço e data relacionada, para as providências administrativas e demais orientações relacionadas ao término do seu contrato de trabalho, em 06/05/2024”, diz o documento enviado à casa dos funcionários.

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O sindicato afirmou que as demissões ocorrem um dia antes do fim do período de estabilidade previsto em um acordo assinado pela montadora em novembro do ano passado. Essa foi uma resolução para as greves contra as 1,2 mil demissões que a companhia tentou fazer.

A direção da montadora de carros confirmou os desligamentos ao Valor e disse que o movimento faz parte de um processo de adequação do quadro de empregados. “O tema foi amplamente discutido, inclusive com a oferta de um plano de demissão voluntária”, alegou a empresa.

O Sindicato, por sua vez, diz que é contra qualquer demissão. Como a maioria aderiu ao PDV aberto em dezembro, a GM já aplicou a reestruturação pretendida”, disse o presidente do sindicato, Weller Gonçalves, por meio de nota.

Segunda vez

✉️ Um telegrama muito parecido com este foi enviado pela empresa, em outubro do ano passado, para comunicar a demissão de 1.245 funcionários de três fábricas em São Paulo. Na época, os desligamentos foram contestados no Tribunal Superior do Trabalho, que vetou as dispensas.

A empresa disse que houve uma queda nas vendas e nas exportações e que, portanto, seria necessário readequar o quadro de funcionários. A empresa também havia informado que entendia o impacto que a decisão podia ter na vida das pessoas, mas considerava o cenário necessário.