População mais pobre não compra dólar, mas sim comida, diz Lula a empresários
Lula também criticou aqueles que "vivem de dividendos" e enfatizou a necessidade de investir na capacidade produtiva do país.
Na tarde da última terça-feira (16), durante uma reunião com empresários da indústria de alimentos no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a circulação de dinheiro para impulsionar a economia, destacando que a população mais pobre não compra dólar, mas sim comida.
“O povo mais pobre, o povo mais humilde, quando ele tem um pouquinho de dinheiro, ele não compra dólar; ele compra comida”, afirmou o presidente.
Lula fez essa declaração durante uma cerimônia fechada no Palácio do Planalto, cujo áudio foi divulgado pela assessoria de imprensa da Presidência da República. O evento contou com a presença de ministros, empresários e representantes do setor alimentício, totalizando 28 participantes.
Leia também: Lula defende "regulação urgente" de redes sociais e big techs
No mesmo encontro, Lula afirmou que o Brasil poderá crescer mais de 2,5% se o dinheiro circular adequadamente. Ele disse: "Se o dinheiro que nós colocamos em circulação nesse país estiver rodando, a gente vai crescer mais do que 2,5%".
“O pobre compra coisa para a família”, afirmou. “É esse País que nós queremos que dê certo. É fazer com que o dinheiro desse País circule. É por isso que a gente aumenta o salário mínimo de acordo com o PIB, porque é normal que, quando o PIB cresça, a gente distribua o PIB entre todo mundo: entre os empresários, entre os trabalhadores, entre os aposentados… Afinal de contas, é o crescimento do País.”
Lula também criticou aqueles que "vivem de dividendos" e enfatizou a necessidade de investir na capacidade produtiva do país. “Esse País precisa parar de ter gente vivendo de dividendos e ter gente vivendo de trabalho, de geração de emprego, de geração de renda, porque é isso que faz a economia girar”, disse o petista.
Entenda o que aconteceu
Na primeira semana de julho, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relevou que, atendendo a uma determinação do presidente Lula, o governo implementará um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias e prometeu o cumprimento do arcabouço fiscal.
"Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo", disse o ministro, em coletiva de imprensa.
A promessa chega após uma série de entrevistas do presidente Lula em que criticava a atuação do BC (Banco Central) e mostrava hesitação em se comprometer de forma mais firme com a redução de gastos, Lula declarou após um encontro com Haddad, que "responsabilidade fiscal não é apenas uma palavra, é um compromisso fiscal deste governo desde 2003".
💲A mudança de tom de Lula interrompeu uma série de altas no dólar, que chegou a bater R$ 5,70. Em suas recentes entrevistas à imprensa, Lula criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugerindo um "viés político" e discordando da nomeação de alguém indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para o cargo — a autonomia da instituição prevê que os mandatos do presidente da República e do presidente do BC não coincidam.
“Agora, o que não dá é você ter alguém dirigindo o Banco Central com viés político. Definitivamente, eu acho que ele [Campos Neto] tem viés político. Agora, veja, eu não posso fazer nada, porque ele é o presidente do Banco Central, ele tem um mandato, ele foi eleito pelo Senado, eu tenho que esperar ele terminar o mandato e indicar alguém”, declarou.
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos
Dividendos em dólar: Quais setores do S&P 500 pagarão mais em 2025?
BTG Pactual estima quais serão os patamares de dividend yield no índice acionário das 500 maiores empresas dos EUA
Pai de todos os indicadores de economia no mundo rouba a cena na semana
Payroll nos EUA sairá nesta sexta-feira (4), dando pistas sobre ciclo de corte de juros
Selic a 11,25%: Quanto rendem R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil no Tesouro Selic
Banco Central decide novo rumo da taxa Selic no dia 6 de novembro; renda fixa com liquidez diária pagará mais juros compostos
Tesouro Direto: Melhor travar taxa de 12,50% a.a. ou ter CDB a 110% do CDI?
Tesouro Prefixado 2031 oferece remuneração historicamente alta na renda fixa do governo