PF investiga dois bancos digitais por movimentar R$ 7,5 bilhões para o crime

Empresas atuavam de forma ilegal, segundo investigação da PF

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Publicado em 28/08/2024 às 15:00h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 28/08/2024 às 15:00h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana
Polícia Federal é responsável por investigações em nível nacional (Imagem: Shutterstock)
Polícia Federal é responsável por investigações em nível nacional (Imagem: Shutterstock)

🚔 A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (28), uma série de mandados de prisão contra organizações criminosas. No âmbito da Operação Concierge, dezenas de pessoas são investigadas por cometer crimes contra o sistema financeiro nacional.

Segundo a PF, os criminosos usavam dois bancos digitais ilegais para manter contas clandestinas e lavar dinheiro. As fintechs não tinham autorização para operar, mas atuavam dentro de grandes instituições financeiras -que não foram divulgadas pela PF- na tentativa de mascarar as atividades criminosas.

As investigações mostram que ao menos R$ 7,5 bilhões foram movimentados pelos criminosos usando as fintechs sem autorização do BC. A Operação da PF suspendeu ao menos 190 empresas que eram usadas de fachadas pela organização criminosa.

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A Febraban (Federação dos Bancos) teria denunciado o esquema ao Ministério Público Federal, que solicitou investigação à PF. Ao todo, mais de 200 agentes participaram da operação que contou com desdobramentos em São Paulo e em Minas Gerais.

A Justiça Federal ainda determinou o bloqueio de R$ 850 milhões em contas que teriam alguma ligação com o grupo criminoso. Os investigados podem ser enquadrados em crimes, como gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas, crime contra a ordem tributária e formação de quadrilha.