O que diz o Goldman Sachs sobre o pacote fiscal?

O Goldman Sachs, em análise conduzida por seu economista Alberto Ramos, expressou sua desaprovação em relação ao pacote fiscal recentemente divulgado pelo governo. "É decepcionante...Muito difuso, de rendimento incerto e excessivamente carregado.”

💰 A nota destaca a proposta de isentar do Imposto de Renda os contribuintes com rendimentos de até R$ 5 mil, em paralelo à implementação de uma tributação mais elevada e imprevisível sobre aqueles com rendimentos mais altos.

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"Consolida a visão de que o governo continua a adotar uma estratégia de impostos e gastos em vez de se concentrar diretamente em apertar a postura fiscal, dada a deterioração da dinâmica da dívida e o aumento dos prêmios de risco fiscal."

🪙 Segundo o economista, as metas de resultado primário estabelecidas para 2025 e 2026, situadas ligeiramente abaixo de 0,00% e 0,25% do PIB, respectivamente, demonstram uma ambição fiscal bastante reduzida e se distanciam cada vez mais do que seria necessário para garantir a saúde das contas públicas.

“Na verdade, mesmo se alcançadas, as metas atuais são consistentes com o aumento contínuo da dívida em relação ao PIB”, analisou.

Veja também o que disse o ministro da Fazenda

Na outra ponta, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, buscando apaziguar as críticas do mercado financeiro, declarou mais cedo nesta quinta-feira (28) que o governo não tomará decisões pautadas apenas pela reação do mercado. A afirmação foi feita em um dia em que a cotação do dólar atingiu R$ 6 pela primeira vez na história.

🗣️ “Ele ouviu todos os ministros e tomou a decisão que pareceu a mais adequada para dialogar com o país. Porque o presidente não dialoga só com o mercado financeiro, dialoga com o país inteiro. Com as expectativas das pessoas por justiça social, com uma série de anseios represados”, disse Haddad.