O novo poderoso chefão? Jornal compara Donald Trump com Don Corleone; entenda

A comparação se baseia na estratégia pragmática e coercitiva que Trump tem adotado no tabuleiro geopolítico.

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Publicado em 27/02/2025 às 17:37h - Atualizado Agora Publicado em 27/02/2025 às 17:37h Atualizado Agora por Matheus Rodrigues
A publicação sugere que Washington impôs os termos do acordo a Kiev, explorando a fragilidade do país (Imagem: Shutterstock)
A publicação sugere que Washington impôs os termos do acordo a Kiev, explorando a fragilidade do país (Imagem: Shutterstock)

🚨 Uma recente análise da revista britânica The Economist traçou um paralelo intrigante entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Don Corleone, o icônico chefe da máfia do clássico O Poderoso Chefão.

A comparação se baseia na estratégia pragmática e coercitiva que Trump tem adotado no tabuleiro geopolítico, alterando a dinâmica diplomática mundial e rompendo com padrões estabelecidos desde o pós-guerra.

Um dos sinais mais evidentes dessa nova abordagem foi visto recentemente na Organização das Nações Unidas (ONU), onde Estados Unidos, Rússia e Coreia do Norte se alinharam contra uma resolução relacionada à guerra na Ucrânia.

O alinhamento inesperado chocou analistas e sinalizou que a diplomacia americana sob Trump está se afastando de suas alianças tradicionais.

De acordo com The Economist, essa postura reflete uma nova política internacional em que as grandes potências preferem negociar diretamente entre si, pressionando países menores a aceitarem seus termos.

"Aproxima-se rapidamente um mundo no qual quem tem poder faz o que quer e em que grandes potências fecham acordos e intimidam as pequenas", pontua a análise da revista.

A busca pelo benefício próprio

O foco de Trump está em garantir vantagens econômicas diretas para os Estados Unidos, ainda que isso implique decisões polêmicas.

Um dos exemplos citados é um acordo de exploração mineral na Ucrânia, assinado recentemente em uma cerimônia na Casa Branca.

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A publicação sugere que Washington impôs os termos do acordo a Kiev, explorando a fragilidade do país no contexto do conflito com Moscou.

Ao contrário do papel histórico dos Estados Unidos como mediador de disputas internacionais, a nova abordagem privilegia negociações diretas com a Rússia, deixando a Ucrânia e outras nações europeias à margem das decisões.

A emergência de novos protagonistas

Para além de Vladimir Putin, a nova ordem mundial delineada por Trump inclui figuras como o presidente chinês Xi Jinping, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o chanceler alemão Friedrich Merz.

O fortalecimento dessas lideranças indica um cenário global menos baseado em alianças tradicionais e mais voltado para acordos bilaterais entre os gigantes políticos e econômicos.

📊 A The Economist alerta que essa mudança pode trazer desafios a longo prazo, tornando os Estados Unidos "mais fracos e pobres" ao depender exclusivamente de negociações de curto prazo em detrimento de alianças estratégicas duradouras.