Novo investimento de renda fixa, LCD sai neste mês, diz Alckmin

Expectativa é que novo título privado movimente R$ 10 bilhões em 2025

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Publicado em 05/12/2024 às 07:00h - Atualizado 21 dias atrás Publicado em 05/12/2024 às 07:00h Atualizado 21 dias atrás por Wesley Santana
Alckmin é vice-presidente e ministro do governo Lula (Imagem: Shutterstock
Alckmin é vice-presidente e ministro do governo Lula (Imagem: Shutterstock

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse, nesta quarta-feira (4), que a nova Letra de Crédito do Desenvolvimento –denominada LCD- deve começar a circular ainda neste mês. Ele que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou que a nova opção de renda fixa deve gerar uma economia de 1,2% às empresas emissoras.

🗣 "A agricultura tem a LCA, Letra de Crédito Agrícola. O setor imobiliário tem a LCI, Letra de Crédito Imobiliário. Está sendo lançada, em dez dias, a LCD, Letra de Crédito do Desenvolvimento. Vocês [deputados] aprovaram a lei”, destacou Alckmin.

A LCD vai funcionar do mesmo modo que a LCI e LCA, sem incidência de Imposto de Renda para pessoa física e reduzido para 15% para pessoas jurídicas. “Nós vamos ter um crédito, acredita-se, 1% ou 1,2% mais barato. Isso faz uma diferença enorme. Então isso é LCD, competitividade", explicou.

A lei da LCD foi sancionada no último mês de julho pelo presidente Lula, depois de discussões com o mercado financeiro. Na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou o novo título privado, o que permitiu a circulação nos balcões da bolsa de valores.

Entre as instituições financeiras autorizadas a emitir os títulos estão os bancos de desenvolvimentos, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). A perspectiva do mercado é que, em 2025, esse investimento seja capaz de movimentar até R$ 10 bilhões, conforme estimativa da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE).

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“Quem ganha é o investidor, que terá uma opção segura, e a indústria, que poderá atrair mais recursos por meio da captação dos bancos de desenvolvimento, ampliando a produtividade e criando empregos mais qualificados”, afirma o presidente da ABDE, Celso Pansera.

Neste primeiro momento, os investidores podem se deparar com a baixa liquidez do ativo, mas a tendência é que isso aumente ao passar do tempo. Isso porque, de acordo com a lei aprovada, os títulos não poderão ser emitidos com vencimento menor que de 12 meses, o que dificulta uma negociação no mercado secundário.