No Uruguai, duas decisões: segundo turno presidencial e ‘não’ à reforma da Previdência

Candidato da oposição de esquerda e da situação foram os mais votados, respectivamente

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Publicado em 28/10/2024 às 12:30h - Atualizado 26 dias atrás Publicado em 28/10/2024 às 12:30h Atualizado 26 dias atrás por Wesley Santana
Uruguai tem o terceiro melhor IDH da América do Sul (Imagem: Shutterstock)
Uruguai tem o terceiro melhor IDH da América do Sul (Imagem: Shutterstock)

🗳 No mesmo dia em que os brasileiros decidiam pelos futuros prefeitos, a população do Uruguai ia às urnas para escolher o próximo presidente do país vizinho. Com quase 100% das urnas apuradas, os candidatos Yamandú Orsi (Frente Ampla) e Álvaro Delgado (Partido Nacional) avançaram para o segundo turno das eleições.

Ao todo, onze partidos indicaram seus candidatos para a disputa a fim de suceder o atual presidente Luis Alberto Lacalle Pou (Partido Nacional). De centro-direita, ele decidiu não disputar a reeleição, indicando Delgado que terminou na segunda colocação, com 26,79% dos votos -cerca de 640 mil votos.

Yamandu, por sua vez, que terminou em primeiro lugar, é um político de esquerda, considerado herdeiro político de Pepe Mujica. Ele alcançou mais de 1 milhão de votos, ainda de acordo com a Corte Eleitoral.

Segundo a Justiça Eleitoral do Uruguai, 89,1% dos eleitores aptos comparecendo aos locais de votação, número que é equivalente a 2,2 milhões de pessoas, com um ligeiro aumento na quantidade de abstenções em relação ao último pleito, em 2020. O segundo turno das eleições presidenciais uruguaias está marcado para 24 de novembro.

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Dois plebiscitos

Além de escolher o novo presidente, os uruguaios também tinham o dever de opinar sobre duas reformas propostas pelo governo em exercício.

A primeira era da Previdência Social que previa estabelecer na Constituição a idade mínima de 60 anos para aposentadoria, além da equiparação da remuneração com o salário mínimo nacional e da eliminação de fundos privados de presidência. Estima-se que 6 em cada 10 eleitores votaram “não”, o que fez com que o objeto não fosse aprovado.

O segundo plebiscito estava relacionado a permissão para invasões noturnas, como uma espécie de edição de uma lei que está em vigor desde 1830. Este também foi recusado pela maioria da população em uma votação muito parecida.

O Uruguai é um dos menores países da América do Sul, com uma população de 3,4 milhões de habitantes. Apesar disso, a nação situada no sul do continente tem um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,830, ocupando o terceiro lugar.