Ministros do Turismo e Esporte desafiam partidos e decidem continuar no governo Lula
Celso Sabino (União Brasil) e André Fufuca (Progressistas) ignoram orientações partidárias e permanecem no governo, mesmo sob risco de expulsão.

Nesta quarta-feira (8), o ministro do Turismo tomou uma decisão que pode definir seu futuro político. Celso Sabino afirmou que deve continuar no governo Lula, mesmo com a decisão de seu partido de deixar a base.
“Fico, tenho a confiança do presidente Lula e pretendo continuar desenvolvendo os trabalhos que venho fazendo no Ministério do Turismo”, disse, durante entrevista coletiva. Ele também disse que a decisão do União Brasil é “equivocada e açodada”.
A preferência de Sabino pelo Turismo foi alvo de diversas disputas nas últimas semanas, considerando que ele sempre desejou continuar no Planalto. Seu partido, no entanto, anunciou o desembarque, o que implicaria também devolver os cargos ao chefe do Executivo.
Para permanecer no Turismo, Celso vai passar por um processo de expulsão, já aberto pelo União. No entanto, a expulsão do chefe do Turismo não deve acontecer de forma imediata, conforme destacam interlocutores.
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“Não pretendo sair [do União Brasil]. Pretendo ser candidato e vou defender sempre o que for melhor para o Estado do Pará”, disse. “Nós estamos a 30 dias da realização da COP30, a maior reunião diplomática que existe no planeta. Eu não vejo como oportuno que a gente tenha uma interrupção no trabalho que vem sendo feito”, continuou.
Essa não é a primeira vez que o deputado federal responde por indisciplina nos partidos que ocupa. Em 2020, ele também foi expulso do PSDB, mas, neste caso, ele estava do outro lado da ala ideológica, na base do governo Bolsonaro.
O objetivo de Sabino ao se manter no Executivo está em um alvo ainda maior. Nas eleições de 2026, ele pretende se candidatar ao Senado pelo estado do Pará, então essa seria uma forma de manter a visibilidade.
Sabino assumiu o cargo em 2023, nos primeiros meses do governo Lula 3, depois de um acordo costurado pelo então presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira. Recentemente, ele disse que não tinha intenção de deixar o cargo, mas, diante da decisão de seu partido, não há outra saída.
“A minha vontade é clara, é continuar o trabalho que a gente vem fazendo e a gente tem um trabalho de diálogo mantido", disse. "Vou seguir conversando com as lideranças do meu partido e nós vamos continuar o diálogo", completou.
O ministro também aproveitou os números recém-divulgados para defender sua permanência no governo. Pela primeira vez na história, o Brasil ultrapassou a marca de 7 milhões de turistas estrangeiros.
“O Brasil, que nunca recebeu antes nem 7 milhões de turistas estrangeiros, este ano deve receber 10 milhões. O setor tem faturado como nunca antes faturou, gerando emprego no país inteiro”, finalizou.
André Fufuca também fica
O ministro do Esporte também deve continuar ocupando um dos cargos da Esplanada dos Ministérios, mesmo sendo do Progressistas. Esse foi outro partido que decidiu deixar de apoiar Lula neste momento e também nas próximas eleições.
André Fufuca, no entanto, manifestou o interesse de continuar como chefe da pasta. Como punição, ele foi afastado da direção do partido, mas mantido como filiado.
Por meio de nota, o PP afirmou que “não faz e nem fará parte do atual governo, porque não nutre qualquer identificação ideológica ou pragmática com a atual gestão”. "Diante da decisão de desobedecer à orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência nacional do partido", diz o comunicado.

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