Marina Silva abandona audiência no Senado depois de bate-boca com parlamentar
Ministra foi convidada para falar sobre Margem Equatorial e outros temas

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, abandonou uma sessão no Senado da qual participava na tarde desta terça-feira (27). A decisão foi tomada depois de um bate-boca com o senador Plínio Valério (PSDB-AM) que disse que ela, na posição de ministra, não merecia respeito.
🗣 "Ministra Marina, que bom reencontrá-la. E, ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, eu não estou falando com uma mulher. Eu estou falando com a ministra. Porque a mulher merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar", disse Valério, enquanto abria sua fala.
Marina logo interrompeu o senador e exigiu pedidos de desculpas, lembrando que, em março, o mesmo parlamentar teria expressado o desejo de enforcá-la. "Imagine o que é tolerar a Marina 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la?", disse ele, durante a CPI das ONGs.
"Como eu fui convidada como ministra, ou ele me pede desculpas ou eu vou me retirar. Eu fui convidada como ministra. Se, como ministra, ele não me respeita, vou me retirar. O sr. me peça desculpas e eu permaneço", disse Marina, que se retirou da sessão após alguns minutos.
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Marina foi convocada à Comissão de Infraestrutura do Senado para explicar a criação de uma unidade de conservação marinha no norte do país. O local faz parte da Margem Equatorial, região com potencial petrolífero, alvo de estudos da Petrobras para a exploração.
"[A unidade de conservação] não incide sobre os blocos de petróleo. E não foi inventado agora para inviabilizar a margem equatorial. Isso é um processo que vem desde 2005", destacou ela.
Mais desentendimentos
A participação de Marina foi marcada pelo desentendimento com outros parlamentares, como o senador Omar Aziz (PSD-AM). Ele questionou sobre a pavimentação da BR-319, que, embora seja aprovada pelo presidente Lula, é alvo de preocupações ambientais por parte do ministério liderado por Silva.
“Não é ideologia. A estrada aciona grilagem, garimpo ilegal e desmatamento. É preciso governança”, afirmou. Ela também questionou o porquê de outros ministros, antes dela, não terem destravado o projeto.
Outro ponto alto foi sobre o projeto que flexibiliza as normas de licenciamento ambiental, já aprovado no Congresso Nacional. Marina afirmou que deve pedir a Lula que vete trechos da proposta que reduz exigências para construções que gerem impactos ambientais ou estejam em territórios ocupados por comunidades indígenas e quilombolas.

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