Lula propõe que Equador peça desculpas pela invasão da embaixada

O presidente afirmou que não há justificativas para a invasão da embaixada em Quito.

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Publicado em 16/04/2024 às 17:50h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 16/04/2024 às 17:50h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
(Shutterstock)
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propôs nesta terça-feira (16), que o governo equatoriano emita um pedido formal de desculpas pela invasão da Embaixada do México em Quito. Lula classificou o incidente como "inaceitável".

“Um pedido formal de desculpas por parte do Equador é um 1º passo na direção correta. Também me parece positiva a proposta da Bolívia de formar uma comissão integrada por países da Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos]...", afirmou o presidente.

📋Lula afirmou que não há justificativas para a invasão da embaixada em Quito.

“Uma ação desse tipo é sem precedentes, mesmo nos períodos mais críticos de desunião e conflito na América Latina e no Caribe, incluindo os tempos sombrios das ditaduras militares no continente”, declarou o presidente em um vídeo liberado pelo Palácio do Planalto.

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Sobre a invasão na embaixada

No dia 5 de abril, um grupo de policiais equatorianos foi até a embaixada do México, em Quito, para prender o ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas. Ele foi condenado a seis anos de prisão por corrupção.

🗣️ Glas recebia asilo político do México e estava abrigado na embaixada desde dezembro de 2023, alegando ser perseguido pela Procuradoria-Geral do Equador.

Conforme a Convenção de Viena de 1961 sobre Relações Diplomáticas, espaços como embaixadas e consulados são invioláveis. Tanto o Equador quanto o México adotaram essa norma nos anos 1960.

Logo depois do episódio, o governo mexicano anunciou que suspendeu as relações diplomáticas com o Equador e retirou embaixadores. Além disso, também apresentou uma denúncia no Tribunal Internacional de Haia, solicitando que o país seja suspenso da ONU.