Lula dá recado a Trump: "Não aceitaremos ataques contra o Pix"
Presidente da República faz pronunciamento oficial sobre a taxação dos produtos brasileiros e como resolverá a questão.

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez pronunciamento oficial na noite desta terça-feira (17) para dar conta sobre as medidas que vem sendo adotadas pelo governo federal em resposta à taxação de produtos brasileiros destinados aos Estados Unidos, com alíquota de 50% anunciada pelo presidente americano Donald Trump.
Em um dos destaques de seu discurso à nação, Lula enfatizou a defesa do sistema de pagamento instantâneo Pix criado pelo Banco Central, cujo lançamento ocorreu em novembro de 2020.
"O Pix é do Brasil. Não aceitaremos ataques ao Pix, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamentos mais avançados do mundo e vamos protegê-lo", afirmou o presidente da República em resposta à investigação comercial dos EUA contra o Brasil.
Conduzida sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, a investigação americana examina as práticas e políticas do Brasil “relacionadas ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico; tarifas injustas e preferenciais; interferência em questões anticorrupção; proteção da propriedade intelectual; acesso ao mercado de etanol; e desmatamento ilegal”, diz a ficha técnica.
O petista se mostrou surpreso com o tarifaço anunciado por Trump, cujas medidas práticas terão início a partir do próximo dia 1º de agosto. Segundo o petista, o Brasil sempre esteve aberto ao diálogo, mas em troca recebeu da Casa Branca "uma chantagem inaceitável em forma de ameaça às instituições brasileiras".
Lula também afirmou que Trump utilizou de informações falsas sobre o comércio entre Brasil e EUA para justificar a taxação de 50% sobre as exportações brasileiras. Foi esclarecido, no pronunciamento à nação, que os americanos acumulam superávit comercial de US$ 410 bilhões há mais de 15 anos.
"Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor".
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Apostas para driblar taxação de 50%
O recado para as plataformas digitais estrangeiras que atuam no Brasil se deu pela enfatização do cumprimento das regras e leis para que as mesmas possam continuar atuando no país. Mais cedo, Lula havia prometido regulamentar e taxar as big techs americanas que operam no país. Se confirmada, a taxação prometida por Lula pode atingir empresas como Meta (M1TA34), Google (GOGL34) e Microsoft (MSFT34).
Citando as medidas práticas adotadas pelo governo federal para contornar as tarifas comerciais impostas pela administração Trump, Lula explicou que mantém contato com os representantes dos setores produtivos, sociedade civil e sindicatos, e seguirá apostando não apenas nas boas relações diplomáticas com os EUA, mas com todos os países do mundo.
"Estamos construindo parcerias comerciais com a União Europeia, a Ásia, a África e nossos vizinhos da América Latina e do Caribe. Se necessário, usaremos todos os mecanismos legais para defender a nossa economia. Desde recursos à Organização Mundial do Comércio (OMC) até a Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso Nacional", sinalizou Lula.
Por fim, o presidente da República concluiu o pronunciamento dizendo que não há vencedores em uma guerra comercial, e que seu governo segue acreditando no multilateralismo e na cooperação das nações.

M1TA34
Meta Platforms Inc.R$ 138,95
46,26 %
39,11 %
0.2%
27,21
9,80

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