Justiça suspende conta reserva de Pablo Marçal no Instagram; entenda

A medida foi tomada após Marçal publicar um documento que acusava seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), de uso de drogas.

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Publicado em 05/10/2024 às 16:45h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 05/10/2024 às 16:45h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Rodrigues
No entanto, inconsistências no laudo geraram suspeitas de falsificação (Imagem: Shutterstock)
No entanto, inconsistências no laudo geraram suspeitas de falsificação (Imagem: Shutterstock)

🚨 A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou, no último sábado (5), a suspensão por 48 horas da conta de Instagram de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB.

A medida foi tomada após Marçal publicar um documento que acusava seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), de uso de drogas, alegação que tem sido recorrente durante sua campanha.

No entanto, inconsistências no laudo geraram suspeitas de falsificação, o que levou a decisão judicial.

Na publicação, feita na sexta-feira (4), Marçal compartilhou um suposto relatório médico que afirmava que Boulos seria dependente químico de cocaína e estaria enfrentando um surto psicótico com ideias homicidas.

O juiz responsável pelo caso, Rodrigo Capez, destacou a gravidade da situação, afirmando que o conteúdo divulgado tem clara intenção de influenciar os eleitores em um momento decisivo da campanha eleitoral.

Capez também apontou que o documento divulgado por Marçal teria sido assinado por José Roberto de Souza, médico ortopedista que faleceu em 2022 e não tinha especialização em dependência química.

Além disso, a clínica citada, “Mais Consultas”, é dirigida por Luiz Teixeira, que, segundo investigações, tem ligações com o candidato Marçal e com o crime organizado.

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Teixeira já foi acusado anteriormente de falsificação de documentos, o que aumenta a suspeita sobre a veracidade do laudo divulgado.

Apesar da gravidade das alegações, o Ministério Público Eleitoral (MPE) não viu fundamentos suficientes para levar a denúncia adiante.

O órgão argumentou que a retirada do perfil do ar compromete as garantias constitucionais à privacidade e à intimidade, asseguradas pela Constituição.

Entretanto, o juiz Capez manteve sua decisão, justificando que o conteúdo publicado representa uma tentativa clara de manipulação da opinião pública em um momento crítico da corrida eleitoral.

📲 A retirada da conta de Marçal do ar ocorreu pouco tempo após a determinação judicial, o que reflete a preocupação das autoridades em preservar a integridade do processo eleitoral e evitar que informações falsas influenciem a decisão dos eleitores.