IRB (IRBR3) em queda livre? Banco "afunda" ação e aponta 3 fatores de risco; ações desabam

📈 O IRB Brasil Resseguros (IRBR3), uma das principais resseguradoras do país, foi rebaixado para a classificação "underweight" pelo JP Morgan, equivalente a uma recomendação de venda.

O banco de investimentos estabeleceu um preço-alvo de R$ 44 para a ação até o final de 2025, refletindo preocupações em torno do futuro da empresa no mercado financeiro.

Após uma alta de 28% desde maio, superando o desempenho do Ibovespa, que avançou apenas 4% no mesmo período, o JP Morgan cita três fatores determinantes para o rebaixamento:

• Espaço limitado para surpresa de lucros: A expectativa de retorno sobre o patrimônio líquido tangível (RoTE) já está projetada em 26% para 2025, o que, segundo o banco, reduz as chances de resultados positivos surpreendentes.
• Avaliação de mercado elevada: O IRB está sendo negociado a um múltiplo P/L de 7,7 vezes, o que o coloca em um patamar superior aos bancos tradicionais, como o Itaú, e alinhado à Porto Seguro, sugerindo uma avaliação relativamente alta para o setor.
• Queda projetada no preço-alvo: O preço-alvo de R$ 44 por ação indica uma queda potencial de 10%, reforçando o cenário cauteloso para os investidores.

Embora a atual conjuntura de mercado, com preços de resseguros favoráveis e a alta da taxa Selic, ofereça suporte ao desempenho do IRB, o JP Morgan alerta que essa tendência pode perder força em 2025.

Além disso, o banco destaca uma desaceleração no crescimento dos prêmios da indústria, especialmente impactada pelo agronegócio, que encolheu e limitou o potencial de expansão da empresa.

Destaque para outras seguradoras

💲 Para quem busca oportunidades no setor, o JP Morgan ainda demonstra preferência por outras seguradoras, como Porto Seguro (PSSA3) e BB Seguridade (BBSE3), consideradas mais resilientes no cenário atual.

Com o mercado cada vez mais atento às previsões para 2025, o desempenho das ações do IRB será um ponto crucial de observação, especialmente com o consenso de lucros já próximo das expectativas do banco, limitando as chances de surpresas positivas para os investidores.

Ações reagem

Por volta das 10h55, as ações registravam queda de 8,65%, sendo cotadas a R$ 44,03. No entanto, no último mês, os papéis acumularam uma valorização de 40%.