IPCA-15: Prévia da inflação desacelera para 0,36% em março

Índice foi influenciado principalmente pelos preços dos alimentos e ficou levemente acima do esperado pelo mercado (0,32%).

Author
Publicado em 26/03/2024 às 09:22h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 26/03/2024 às 09:22h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
(Shutterstock)
(Shutterstock)

Considerado a prévia da inflação oficial brasileira, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) avançou 0,36% em março. Com isso, acumula uma alta de 1,46% em 2024 e de 4,14% nos últimos 12 meses.

💲 O indicador ficou levemente acima da expectativa do mercado, que projetava uma alta de 0,32% da prévia da inflação. Além disso, mostrou uma desaceleração em relação a fevereiro, quando subiu 0,78% pressionado pelos reajustes escolares. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Leia também: Copom considera reduzir ritmo de corte dos juros, entenda

🧅 O IPCA-15 foi influenciado, sobretudo, pelos preços de alimentos e bebidas em março. Só a alimentação no domicílio subiu 1,04% no mês, pressionada por produtos como cebola (16,64%), ovo de galinha (6,24%), frutas (5,81%) e leite longa vida (3,66%).

Transportes, saúdes e cuidados pessoais, no entanto, também pesaram no índice, principalmente por causa na variação dos preços da gasolina (2,39%), etanol (4,27%), ônibus intermunicipal (0,71%), planos de saúde (0,77%), produtos farmacêuticos (0,73%) e itens de higiene pessoal (0,39%).

Veja o resultado do IPCA-15 por grupo:

  • Alimentação e bebidas: 0,91%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,61%;
  • Transportes: 0,43%;
  • Habitação: 0,19%;
  • Educação: 0,14%;
  • Despesas pessoais: -0,07%;
  • Comunicação: -0,04%;
  • Vestuário: -0,22%;
  • Artigos de residência: -0,58%.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA-15 avançou em todas as áreas pesquisadas em março. A maior alta foi em Belém (0,74%) e a menor, em Goiânia (0,14%).

A expectativa do mercado é de que a inflação oficial brasileira seja de 3,75% em 2024. A meta de inflação, no entanto, é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.