IPCA-15: Prévia da inflação sobe 0,54% em outubro

A alta no índice foi impulsionada pela energia elétrica e o gás de cozinha.

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Publicado em 24/10/2024 às 11:15h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 24/10/2024 às 11:15h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
A meta de inflação oficial do Brasil é de 3% (Imagem: Shutterstock)
A meta de inflação oficial do Brasil é de 3% (Imagem: Shutterstock)

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), prévia da inflação, registrou alta de 0,54% em outubro, apresentando uma aceleração em relação ao mês anterior, quando a variação foi de apenas 0,13%. A informação foi divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (24).

Já no ano, a inflação prévia acumulou alta de 3,71%. Já nos últimos 12 meses, a taxa chegou a 4,47%, superando os 4,12% do período anterior. Em outubro do ano passado, a inflação havia sido de 0,21%, com acumulado de 12 meses de 5,05%. 

📈  "O qualitativo do IPCA-15 não foi tão positivo, com piora em todas as principais métricas, inclusive a difusão, que avançou de 55% para 58%. Além das pressões dos itens voláteis como energia e alimentos, observa-se pressão vinda dos serviços, mas muito em parte por questões pontuais, como reajuste dos planos de saúde", avaliou o economista sênior do Inter, André Valério.

O grupo de habitação, com destaque para a energia elétrica, foi o principal responsável pela alta da inflação prévia em outubro. O aumento de 5,29% nos preços da energia, impulsionado pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 2, contribuiu com 0,26 ponto percentual para o resultado final. 

Cabe citar que a meta de inflação oficial do Brasil é de 3%, podendo variar para cima em até 1,5 ponto percentual. O IPCA é o índice que mede a inflação e o Banco Central é a instituição responsável por controlá-la. 

Veja a variação dos grupos em outubro

  • Alimentação e bebidas: 0,87%;
  • Habitação: 1,72%;
  • Artigos de residência: 0,41%;
  • Vestuário: 0,43%;
  • Transportes: -0,33%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,49%;
  • Despesas pessoais: 0,35%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: 0,40%.

O que ficou mais caro?

O grupo de Habitação foi o mais impactado pela inflação em outubro, com destaque para a alta de 5,29% nos preços da energia elétrica e o aumento de 2,17% no preço do gás de botijão. 

💰 Além disso, os grupos de Alimentação e bebidas (0,87%) e Saúde e cuidados pessoais (0,49%) também contribuíram para a alta da inflação prévia, com impactos de 0,18 e 0,07 ponto percentual, respectivamente. A inflação de alimentos, tanto dentro quanto fora de casa, acelerou em outubro. 

Produtos como contrafilé (5,42%), café moído (4,58%) e leite longa vida (2,00%) ficaram mais caros dentro de casa. Fora de casa, refeições e lanches registraram altas de 0,70% e 0,76%, respectivamente. O grupo de Saúde e cuidados pessoais também apresentou alta, impulsionado principalmente pelos planos de saúde, que subiram 0,53%.

O que ficou mais barato?

Diferentemente dos demais grupos, Transportes apresentou uma deflação de 0,33% em outubro, contribuindo negativamente com 0,07 ponto percentual para o IPCA-15. A principal responsável por essa queda foi a redução de 11,40% nos preços das passagens aéreas. 

💸 A gratuidade das passagens de ônibus, trem e metrô no primeiro turno das eleições municipais contribuiu para a queda de 2,49%, 1,59% e 1,28%, respectivamente, nos preços desses transportes. 

Os combustíveis também apresentaram leve redução, com destaque para o gás veicular (-0,71%) e o óleo diesel (-0,23%). Gasolina manteve os preços e o etanol subiu 0,02%.