Inflação sobe 0,56% em março, pressionada pelos alimentos

Taxa desacelerou em relação a fevereiro, mas avançou para 5,48% no acumulado em 12 meses.

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Publicado em 11/04/2025 às 09:24h - Atualizado 3 dias atrás Publicado em 11/04/2025 às 09:24h Atualizado 3 dias atrás por Marina Barbosa
"Vilão do mês", tomate ficou 22,55% mais caro em março (Imagem: Shutterstock)
"Vilão do mês", tomate ficou 22,55% mais caro em março (Imagem: Shutterstock)

A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,56% em março.

💲 A taxa desacelerou em relação a fevereiro, quando havia disparado 1,31% devido ao aumento das mensalidades escolares e os ajustes referentes ao bônus de Itaipu, na conta de luz.

No entanto, ainda mostra pressão dos preços dos alimentos e avançou de 5,06% para 5,48% no acumulado em 12 meses, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O IBGE destacou ainda que este é o maior IPCA para um mês de março desde 2003, ou seja, em 22 anos.

Esta também é a segunda maior variação do IPCA dos últimos 12 meses, perdendo apenas para a de fevereiro. Para se ter ideia, em março de 2024, a inflação havia avançado 0,16%.

📈 Com isso, a inflação acumulou uma alta de 2,04% no primeiro trimestre de 2025.

O BC (Banco Central), no entanto, persegue uma meta de inflação anual de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%. Por isso, o mercado acredita que a taxa Selic subirá dos atuais 14,25% para 15% neste ano.

O IPCA de março ficou em linha com o esperado pelo mercado, que projetava uma alta de 0,50% a 0,56% dos preços no mês.

45% da alta veio dos alimentos

Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em março. O maior peso, contudo, veio dos alimentos.

Segundo o IBGE, a inflação do grupo de alimentação e bebidas avançou 1,17% e, por isso, responde por cerca de 45% de todo o IPCA de março.

🍅 A alta foi puxada pelos preços do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%), mas comer fora de casa também ficou mais caro: a refeição subiu 0,86% e o cafezinho saltou 3,48%.

Já os preços dos combustíveis desaceleraram em relação a fevereiro. A gasolina, por exemplo, havia ficado 2,78% mais cara em fevereiro, mas teve uma variação de preços de 0,51% em março.

Veja o resultado da inflação, por grupos:

  • Alimentação e bebidas: 1,17%;
  • Despesas pessoais: 0,70%;
  • Vestuário: 0,59%;
  • Transportes: 0,46%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,43%;
  • Habitação: 0,24%;
  • Comunicação: 0,24%;
  • Artigos de residência: 0,13%;
  • Educação: 0,10%.