Indicação de Trump para Saúde faz ações de farmacêuticas desabarem

Papeis chegaram a cair mais de 7% nesta sexta

Publicado em 16/11/2024 às 09:00h - Atualizado 4 meses atrás Publicado em 16/11/2024 às 09:00h Atualizado 4 meses atrás por Wesley Santana

Grandes empresas da área da saúde viram suas ações despencarem na bolsa de Nova Iorque nesta sexta-feira (15). O impacto veio depois que o presidente eleito Donald Trump anunciou a indicação de Robert F. Kennedy Jr. Como ministro de saúde de seu segundo mandato.

🩺 As ações mais impactadas foram das produtoras de vacinas que chegaram a recuar 7,3% durante o pregão. É o caso da Moderna, fabricante de uma vacina de mRNA contra o novo coronavírus, que fechou o dia cotada em US$ 36,85.

No caso da Pfizer, a queda foi de 4,7%, para US$ 24,80, de acordo com dados de NYSE. Já a BioNTech caiu 3,7%, terminando o dia em US$ 99,70 em Nasdaq.

O movimento também impactou os BDRs das duas companhias, que caíram na mesma proporção na B3, considerando que são uma fração dos ativos negociados nos EUA.

A queda generalizada acontece por um temor do mercado em relação ao indicado para este que é o cargo mais importante na área da saúde nos EUA. Robert é assumidamente um teórico conspirador contra vacinas, conforme discursos que fez durante e depois da pandemia.

A indicação de Kenedy para o cargo havia sido ventilada, mas depois descartada nos últimos dias, depois que a equipe de transição afastou a possibilidade. Tudo mudou na quinta (15), quando Trump fez um post sobre o novo membro de sua equipe.

“A segurança e a saúde de todos os americanos são o papel mais importante de qualquer administração, e o HHS desempenhará um grande papel em ajudar a garantir que todos estejam protegidos de produtos químicos nocivos, poluentes, pesticidas, produtos farmacêuticos e aditivos alimentares que contribuíram para a esmagadora crise de saúde neste país”, disse Trump em publicação no X (antigo Twitter).

“O presidente Trump me deu três instruções”, disse Kennedy, também por meio das redes sociais. “Ele quer a corrupção e os conflitos fora das agências reguladoras. Ele quer devolver as agências ao padrão ouro, empiricamente baseado, com base em evidências, ciência e medicina pelas quais elas já foram famosas. E ele quer acabar com a epidemia de doenças crônicas com impactos mensuráveis em uma diminuição de doenças crônicas dentro de dois anos”, comentou.