IBC-Br: ‘Prévia do PIB’ cresce 0,1% em novembro e supera expectativas

O resultado ficou acima da previsão de estagnação feita por analistas e marcou o 4º mês consecutivo de crescimento.

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Publicado em 16/01/2025 às 10:09h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 16/01/2025 às 10:09h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Rodrigues
Apesar do resultado positivo, as principais atividades econômicas registraram quedas (Imagem: Shutterstock)
Apesar do resultado positivo, as principais atividades econômicas registraram quedas (Imagem: Shutterstock)

🚨 A economia brasileira demonstrou resiliência em novembro, registrando uma expansão de 0,1% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16).

O resultado, ajustado sazonalmente, ficou acima da previsão de estagnação feita por analistas e marcou o quarto mês consecutivo de crescimento, embora em ritmo mais moderado.

Esse indicador, que funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou sinais de perda de fôlego em comparação aos avanços mais robustos registrados em agosto (0,3%) e setembro (0,7%).

Ainda assim, na comparação anual, o IBC-Br mostrou alta de 4,1%, refletindo um desempenho acumulado de 3,6% nos últimos 12 meses.

Indústria e serviços em queda

Apesar do resultado positivo do índice, as principais atividades econômicas registraram retrações em novembro.

A produção industrial caiu 0,6%, enquanto o varejo e o setor de serviços apresentaram quedas de 0,4% e 0,9%, respectivamente.

Esses números, abaixo das expectativas do mercado, refletem o impacto do aperto monetário em curso, que busca conter as pressões inflacionárias.

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Por outro lado, o mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda das famílias têm contribuído para sustentar o consumo e, consequentemente, a atividade econômica.

Esse cenário, no entanto, também intensifica os desafios do Banco Central, que busca equilibrar a expansão econômica com o controle da inflação.

Selic em 2025

Com a inflação ainda em foco, o Banco Central deverá voltar a discutir a política monetária no final de janeiro.

No último trimestre de 2024, a autoridade monetária elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano, surpreendendo ao sinalizar novas altas à frente.

Segundo o Boletim Focus, a expectativa do mercado é que o PIB cresça 3,5% em 2024, desacelerando para 2,02% em 2025.

A trajetória, embora positiva, reflete os desafios impostos pelo cenário global e pelas medidas internas de política econômica.

O que o IBC-Br nos diz sobre o futuro?

📊 O IBC-Br é calculado com base em indicadores de produção agropecuária, industrial e de serviços, além do volume de impostos sobre a produção.

Embora os números de novembro sejam encorajadores, a desaceleração do ritmo de crescimento reforça a necessidade de cautela.

A economia brasileira continua a lidar com pressões internas e externas, mas mantém um desempenho que surpreende positivamente em alguns setores.